Recém-campeão brasileiro em 2016, o Palmeiras viu o seu técnico atual na época, Cuca, abandonar o cargo por questões particulares. Sendo assim, Alexandre Mattos, diretor-executivo de futebol na época, tentou três opções: Abel Braga, Mano Menezes e Eduardo Baptista. Os dois primeiros declinaram o convite pois estavam satisfeitos em seus clubes: Fluminense e Cruzeiro, respectivamente. Assim, o caminho ficou aberto para o jovem comandante, que prontamente aceitou.
A decisão da diretoria de trazer um técnico que só teve passagem por um time grande do país e mesmo assim não fez um bom papel revoltou a torcida palmeirense. Eduardo teve a missão junto com o ex-homem forte de futebol do Verdão de deixar o elenco campeão em 2016 mais forte em 2017 para conquistar a tão sonhada Libertadores.
Com um excelente início de trabalho, Eduardo foi fazendo com que a torcida esquecesse Cuca (o nome do treinador foi cantado muitas vezes nos jogos no Allianz parque durante os jogos do Paulistão daquele ano). Porém, tudo começou a mudar na vida do comandante após a vexatória eliminação do maior campeão diante da Ponte Preta, na semifinal do estadual. Além disso, uma coletiva após a vitória de virada contra o Peñarol-URU, no Uruguai, fizeram que sua primeira trajetória no clube do paulista fosse encerrada.
Na noite desta quinta-feira (9), Eduardo Baptista concedeu uma entrevista ao repórter Alexandre Preatzel que abordou boa parte do tempo do bate papo para falar do Alviverde. Ao ser questionado sobre qual foi o maior motivo pelo fim do primeiro ciclo no clube paulista, o atual comandante do CSA não titubeou e respondeu que foi a pressão.
“Lógico que você acaba saindo por pressão, é do clube. O ambiente de pressão é muito difícil, mas saí satisfeito com o que eu buscava. A eliminação para a Ponte Preta na semifinal do Paulista, meio que decretou o fim do trabalho. Vou me preparar que um dia pode surgir outra oportunidade para retornar”, afirmou.
O Palmeiras se precipitou em demitir Eduardo Baptista em 2017?
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Ao ser perguntado sobre se daria outra coletiva daquela forma depois de um jogo bastante intenso contra o time uruguaio, o profissional afirmou que nunca mais pensa em dar outras declarações como aquela e explicou o que o levou a tomar essa atitude. “Ali era um momento que tinha várias situações acontecendo e só vinham em mim, o alvo era eu. Me defendo e pergunto a fonte para saber. Ninguém tomava a palavra por mim. Naquele momento, depois do jogo contra o Penharol, precisamos ir embora rápido e fui direto para a sala de imprensa. Entrei com uma adrenalina forte e isso me machucava, porque aquela situação não era comigo. Acabou. Não faria de novo, mas vou ganhar e perder pela honestidade e maneira que eu sou. Se eu não concordar com você, eu vou falar. Devo ter amadurecido de lá para cá, mas este tipo de coisa me deixa muito triste. No mundo obscuro do futebol, você pode ser julgado por gente que não presta, não na imprensa, mas no mundo do futebol”.