O Palmeiras ainda avalia os impactos do período sem jogos em decorrência da pandemia do novo coronavírus. A diretoria, que evita discutir reforçosneste momento, projetando voltar ao mercado somente após o retorno das atividades, precisa resolver questões internas envolvendo atletas ‘encostados’, como é o caso do venezuelano Alejandro Guerra.
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Durante entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, o gerente de futebol do Verdão, Cícero Souza, avaliou alternativas para o futuro do meia. O dirigente elogiou a postura de Guerra e chegou a citar a possibilidade de retorno aos planos, mas indicou que os próximos passos da carreira do meia deverão acontecer fora da Academia de Futebol.
Foto: Palmeiras/Divulgação
“Quando definimos e montamos o elenco desse ano, o Guerra começou a buscar algumas opções de empréstimo, que até o momento não foram configuradas. Talvez um retorno (ao time) possa existir, mas ainda não tivemos essa conversa por reintegração. O Guerra é um profissional como um dos poucos que eu já trabalhei, ele tem uma capacidade lúdica espetacular, é um ser humano gigantesco e que vem ajudando, inclusive, venezuelanos neste momento aqui no Brasil”, disse.
“Infelizmente, no futebol, quando você fala que tem o Guerra, as pessoas querem saber porque não tem o (Raphael) Veiga, quando tem o Veiga, porque não joga o (Gustavo) Scarpa, quando joga o Scarpa, porque não joga o Lucas Lima. Na realidade, a gente precisa entender que decisões são tomadas, muitas precisam ser só interiores, mas quando você me pergunta sobre alguém que está excluso, eu sou obrigado a elogiá-lo porque ele merece. Mas um clube de futebol também caminha por motivos racionais e valoriza aqueles que estão. O Guerra, enquanto esteve, contribuiu da melhor forma possível. Vamos fazer de tudo para que, ou no Palmeiras ou na equipe que ele vá, ele consiga ter sucesso no restante da carreira”, adicionou.
Cícero Souza também foi questionado a respeito de um grande investimento que não deu certo no Palmeiras. O gerente de futebol abriu o jogo sobre os motivos que levaram o Verdão a investirR$ 26 milhões para contratar Carlos Eduardo, hoje no Athletico-PR.“O brasileiro tende a desqualificar alguma coisa que, por vezes, não dá todo resultado que ele queria. O Carlos Eduardo foi avaliado por 18 profissionais dentro de um processo que também olhou muitos desses outros jogadores“, revelou.
“Quando vem a indicação, seja do diretor, do gerente, do treinador, do auxiliar ou da análise, você tem muitos regulatórios para olhar. O Carlos Eduardo foi vendido, hoje ele está no Athletico Paranaense e é um ativo do Athletico. A gente já começou a recuperar o investimento que foi feito no jogador. Vamos continuar com o mesmo processo porque nem sempre que você tenta você consegue, mas sempre que você conseguir, é porque você tentou”, completou o dirigente.