No mesmo dia em que a Argentina eliminou a Colômbia, confirmando sua vaga na final da Copa América, o técnico do São Paulo, Hernán Crespo, publicou uma coluna no jornal argentino La Nación, exaltando as qualidades de Messi não só como jogador de futebol, mas como atleta. Ambos estiveram juntos no elenco da Argentina na Copa do Mundo de 2006 e na Copa América de 2007.

Crespo comemora gol com a camisa da seleção argentina (Foto: Getty Images)
Crespo comemora gol com a camisa da seleção argentina (Foto: Getty Images)

Segundo Crespo, o camisa 10 está mentalmente muito distante dos outros: “Messi vê mais longe, vê o que os humanos não veem. Messi está em outra dimensão mental. Eu proponho algo a você: vamos seguir sua linguagem corporal. Messi fala com seus gestos. E não reduzimos tudo ao absurdo do hino”.

A vitalidade de Messi, segundo o ex-centroavante, é outro atributo que o diferencia dos demais: “Nem nos últimos minutos dos jogos ele corre com cansaço, quando alguém perde a coordenação. Ele nem perde o estilo. E é uma das chaves da sua eficácia: está sempre fresco. Nunca fui tão explosivo no encerramento dos jogos”.

O desempenho da Argentina, para Crespo, depende muito do camisa 10: “Quando ele está bem, coisas boas inevitavelmente acontecem. Suas expressões são uma prévia. Seu rosto é um aviso, que mais tarde corresponderá ao tom do jogo. Se você prestar atenção nos gestos dele, ele já está lendo o jogo”.

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Na seleção principal da Argentina desde 2005, Lionel Messi tem números impressionantes com a camisa albiceleste. Em 150 jogos, ele marcou 76 gols, tendo uma ampla vantagem sobre aquele que ainda pode ultrapassá-lo: Kun Agüero marcou 41. Crespo vem logo atrás, com 35 tentos anotados.