O ex-presidente doCorinthians, Roberto de Andrade,afirmou que o clube pode levar até 30 anos para terminar de pagar o financiamento da Arena, segundo informou o portal GloboEsporte.com.Além disso, também admitiu que o modelo de negócio do estádio do rival Palmeiras é mais vantajoso. Diretor de futebol do Corinthians nas conquistas da Copa Libertadores e do Mundial, em 2012, e presidente do clube entre 2015 e 2018,comparou a estratégia do Timão com a do rival.
– Não dá para falar que (a Arena Corinthians) é um erro, porque é o sonho de qualquer clube ter uma arena, tá certo? Pode ser que o erro… Eu não gosto de falar isso porque eu não participei da forma que foi desenhada a parte financeira. Eu não participei. Eu lembro muito bem que todo mundo criticava a forma que o Palmeiras negociou a arena dele por 30 anos com a (construtora) W. Torre. E o Palmeiras continua com a bilheteria. O Palmeiras paga um aluguel para usar o campo para a W. Torre, mas a receita do estádio é 100% do Palmeiras. Se eu não estiver errado, já deve ter passado uns seis, sete anos dessa conta, já não são mais 30, são 23 (anos). E nós fizemos de uma forma diferente – declarou, em entrevista ao “Fox Sports”.
– Só que hoje, olhando, a gente vê que a forma que o Palmeiras fez foi melhor do que a nossa. Porque a gente não consegue viabilizar. Vamos pagar o estádio? Vamos pagar o estádio. Talvez não no mesmo prazo, talvez até igual o Palmeiras em 30 anos ou perto disso.
Somando todos os custos, considerando juros, a construção da Arena Corinthians custou mais de R$ 1 bilhão. No momento,o Corinthians discute o quanto ainda tem de pagar à Caixa Econômica Federalpelo financiamento da obra e tenta alongar o prazo para quitação. O banco pede R$ 536 milhões. O clube considera um valor mais baixo, de R$ 487 milhões. Já a dívida com a Odebrecht só será acertada após o processo de recuperação judicial da construtora. Elapode chegar a R$ 160 milhões.
O Corinthians vai conseguir pagar a Arena?
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– Fizemos (o financiamento) em 15 anos. Começamos a pagar em 2015, já se passaram cinco anos. Quer dizer: faltam dez. Nesses dez, estamos aguardando uma conversa com a Caixa para a gente renegociar o valor mensal e fatalmente a gente vai esticar o prazo. Não sei se para 15 (anos) de novo, se para 20… Se não for 30, vai ficar muito perto dos 30. Existiam maneiras melhores, enfim… Agora não adianta a gente se queixar, já foi – analisou Roberto de Andrade.