Fora do Vasco da Gama desde o dia 11 de novembro, Alexandre Pássaro prometeu entregar um relatório onde faz um balanço dos seus 10 meses no clube. Divulgado em primeira mão pelo UOL Esporte, o documento expõe um amadorismo sem fim na estrutura interna do clube carioca, indo desde software comprado por Vanderlei Luxemburgo até delivery de gelo.

Foto: Reprodução VascoTV/YouTube | Alexandre Pássaro coloca a boca no trombone e revela falta de estrutura básica ao Vasco
Foto: Reprodução VascoTV/YouTube | Alexandre Pássaro coloca a boca no trombone e revela falta de estrutura básica ao Vasco

Segundo o cartola, o departamento de futebol tinha problemas com dois softwares: 1) o “Wyscout”, ferramenta usada para monitorar atletas, era usado com senha emprestada de outros clubes, já que a licença do CRVG estava vencida; e 2) o “Firstbeat”, que auxilia na preparação física, foi adquirido por Luxa em 2019, mas não era pago e tampouco utilizado após o técnico ter deixado o Gigante da Colina.

Nos treinamentos, Pássaro aponta que os problemas iam desde o gramado, que tinha marcações com medidas erradas, até a falta de uma máquina de gelo para qualquer necessidade. Neste caso, um motoboy entregava sacos de gelo diariamente no CT Moacyr Carvalho, no custo de R$ 150/dia. E o amadorismo não para por aí.

Foto: Reprodução VascoTV/YouTube | Vasco entra na 3ª semana com departamento de futebol vazio

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Alexandre diz ter entregue um “Mapa de Processos” ao Almirante, no qual aponta padrões de processos a serem seguidos. Por exemplo, as diretrizes dão conta de uma rotina para os analistas de mercado irem ao CT, incluindo o cronograma de filmagens para análise do scout. De acordo com o dirigente, nada disso existia antes da sua chegada.

Nas ações entre os departamentos de futebol e marketing, Alexandre Pássaro revelou, no mínimo, três acordos frustrados: 1) Betano, com Germán Cano querendo falar com o presidente da empresa; 2) oferta da Nivea para uma ação em conjunto com o Botafogo que renderia R$ 100 mil para cada lado; e 3) veto à Forte Aliança, que queria pagar R$ 5 mil para cada jogador que fizesse gol e apontasse para o logo da camisa, segundo o relatório.