Se não bastasse a forte crise financeira que o Fluminense vem passando nos últimos anos, os processos envolvendo a ex-fornecedora de materiais esportivos, Dryworld e a ex-patrocinadora do clube, a empresa de cartão de créditos Valle Express, ainda não tiverem um desfecho. Muitos diretores do clube já consideram o assunto como um mistério e temem que a situação não seja resolvida tão rapidamente.

"Novela" com Dryworld e Valle gera transtornos milionários no Flu
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De acordo com o repórter especial Paulo Brito, do portalNet-Flu, mesmo antes da evolução da pandemia do Coronavírus que paralisou quase todos os seguimentos do mercado brasileiro, nada havia avançado no processo se comparado ao ano de 2018. Com a demora, a diretoria carioca já imagina que não há um prazo para a tomada de decisão dos tribunais responsáveis por julgarem as causas. Somados, os pedidos cobrados pelo Fluminense, o clube deixa de receber cerca de R$ 58,8 milhões, fora multas e juros.

Mesmo que vença as ações, o Tricolor das Laranjeiras dificilmente receberá o valor integral, vez que as empresas, alegadamente, não possuem caixa que suporte a dívida. Este é um dos fatores que fazem o Fluzão ser uma das equipes brasileiras comrisco decolapso financeiro caso os campeonatos demorem aser reiniciados.

Fluminense cobra uma divida de 8 milhões da Valle Express. Foto: Divulgação/Fluminense

O Fluminense cobra na justiça um valor de mais de 50 milhões de reais da Dryworld e espera, agora, uma posição do Tribunal de Justiça canadense, que está cuidando da ação. A parceria entre o clube carioca com a ex-fornecedora de materiais esportivos foi quebrada há quatro anos, pois, na ocasião, a diretoria do Time de Guerreiros cobrou uma dívida de R$ 12 milhões que não foi paga. Com o passar do tempo com medo da empresa declarar falência no Brasil, o Flu processou a entidade no seu país de origem, o Canadá.

O repórter especial Paulo Brito, do portal NetFlu,também trouxe a informação em primeira mão ao torcedor do Tricolor Carioca que, na época, a DryWorld chegou a fazer uma proposta de 1 milhão de dólares (cerca de 4 milhões de reais), mas foi prontamente recusada pela “gestão Abad”, que considerou o valor muito abaixo do que deveria receber. Mesmo com o assunto não ter se desenrolado muito nos últimos meses, o Tricolor da Laranjeiras tem uma equipe jurídica que está monitorando toda a situação no Canadá.

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Por fim, a rescisão do contrato com a Valle Express também foi parar na justiça. O Tricolor das Laranjeiras cobra uma dívida de cerca de R$ 8,8 milhões, relativos a quatro parcelas em atraso dos vencimentos da ex-patrocinadora, além da multa de não cumprimento do acordo de patrocínio. Para piorar a situação, muitas pessoas que fazem parte da diretoria temem que não haja o pagamento em caso de vitória tricolor nos tribunais. É por essas e outras que o Flu está com tanta dificuldade em pagar os salários e ser um time mais agressivo no mercado.