A venda de quase 25% do shopping Diamond Mall nesta semana rendeu ao Atlético-MG uma boa margem financeira para sanar a inadimplência que o Clube possui em relação a direitos trabalhistas envolvendo atletas, funcionários e, principalmente, fornecedores de empresas terceirizadas.
A quantia de 68 milhões de reais que foi depositada na última sexta-feira aos cofres do Galo já tinha um destino prévio: o pagamento de empréstimos bancários e deveres contratuais. André Cury, um dos principais agentes empresariais do mercado da bola, está entre um dos principais credores do clube mineiro.
O Atlético deve em torno de 64 milhões de reais ao empresário. O valor está relacionado à comissão, intermediações contratuais envolvendo jogadores e cessões de crédito. Ciente dos valores que devem ser pagos ao agente, o setor financeiro do Atlético destinou 14 milhões de reais, que devem ser pagos em juízo, para sanar parte da dívida com André Cury.
Esta quantia tem origem no valor recebido com a venda do shopping. Em relação à situação salarial dos atletas, o Galo resolveu as transferências mensais de fevereiro. No entanto, ainda falta concluir os pagamentos referentes aos direitos de imagem e 13° salário. Segundo informações levantadas pelo GE, o Atlético ainda possui receitas que podem contribuir para o cumprimento destas dívidas.
O avanço para a terceira fase da Libertadores rendeu aos cofres atleticanos 5,6 milhões de reais. A venda do meia Calebe ao Fortaleza também contribuiu. A transação envolvendo o jogador foi correspondente a 6 milhões de reais. O Atlético ainda conta com o valor de 10 milhões de reais em caixa. Por outro lado, a folha salarial do clube é correspondente a cerca de 18 milhões de reais ao mês.
É um momento importante para o Atlético sanar suas obrigações financeiras. Isso porque o ‘Alvinegro de BH’ irá enfrentar campeonatos acirrados na temporada de 2023. Caso avance na Libertadores, a quantia depositada pela Conmebol na fase de grupos será equivalente a 16 milhões de reais.
