Uma das várias críticas que minaram de vez o trabalho de Rogério Ceni na derrota para o Ceará, em pleno Maracanã, neste domingo (10), foi deixar Gabigol no banco de reservas. O treinador tentou explicar em entrevista coletiva o motivo, mas ainda assim a Nação está na bronca com o comandante. O revés de 2 a 0 para o Vozão fez o Flamengo permanecer com 49 pontos, em quarto lugar, mas perde a chance de encostar no líder São Paulo, que tropeçou mais uma vez no Campeonato Brasileiro.
“Na derrota contra o Fluminense, o Bruno (Henrique) e o Gabigol estavam muito distantes. Escalar os dois juntos (Pedro e Gabigol) desde o começo nós não treinamos ainda, então seria um risco grande”, analisou Ceni após o jogo. O camisa 9 só entrou na partida aos 25 minutos do segundo tempo.
Comentarista dos canais ESPN e ex-zagueiro do Mengão, Fábio Luciano analisou que o comportamento de Gabigol no banco de reservas foi uma espécie de provocação a Ceni. Após o aquecimento, o camisa 9foi ao banco de reservas, desamarrou as chuteiras e permaneceu com a camiseta de treino por algum tempo.
“Não é o procedimento normal ir para o banco de reservas, tirar a chuteira e ficar com a camisa de treino. Acho que nem é permitido pela regra. Tem que ficar com o uniforme, pronto para entrar em jogo. Então, acho que foi uma provocação do Gabigol à situação de ele ficar no banco. Depois, ele é cobrado pelo quarto árbitro e faz isso”, avaliou o zagueiro em participação no programa SportsCenter.
Com apenas 44% de aproveitamento no comando, Ceni se encontra muito pressionado. Oficialmente Marcos Braz e Rodolfo Landim seguem respaldando o trabalho do ex-goleiro, porém o mau desempenho em campo e, especialmente, as escolhas – César e Gustavo Henrique neste domingo – não agradaram nada a diretoria.
O elenco rubro-negro folga nesta segunda (11) e retorna ao Ninho do Urubu no dia seguinte para iniciar a preparação para o duelo contra o Goiás, fora de casa.