Edílson alfineta diretoria do Cruzeiro por falta de reforços para a Série B e bronca atinge jovens da base: "Fica muito pesado"

O Cruzeiro apresentou, nos últimos dias, o diretor-executivo de futebol, Ricardo Drubscky, e o novo treinador, Ederson Moreira, para tocarem o projeto do clube mineiro na temporada. Agora, a dupla terá mais uma missão pela frente: ir atrás de reforços pontuais para a disputa do torneio mais importante para a equipe no ano, a Série B do Brasileirão. Alguns medalhões do atual plantel afirmam que, com esse elenco, dificilmente a Raposa consiga atingir o seu principal objetivo em 2020.

Depois de Marcelo Moreno e Fábio criticarem a lentidão da diretoria para trazer os reforços, quem mostrou a preocupação com a situação foi o lateral-direito Edílson que, nesta segunda-feira (30), pediu mais agilidade da cúpula cruzeirense para trazer jogadores que cheguem para somar. Na opinião do ala-direito, há um excesso de atletas que atuam na base é isso não é o ideal para um campeonato do nível do Brasileirão.

“É muito legal ver os meninos da base subindo, tendo chance. Mas quando 15 ou 20 jogadores são da base, fica muito pesado, até mesmo para o treinador. Ainda mais para encarar uma Série B, que é muito difícil. A gente espera que possam vir reforços. A camisa do Cruzeiro é muito pesada, mas com o que a gente tem aqui hoje, fica difícil de subir. Espero que a direção saiba da dificuldade e da responsabilidade que temos de subir para a Série A“, declarou o jogador em entrevista ao programa “Expediente Futebol”, dos canais Fox Sports.

Edílson também falou sobre o rebaixamento do Cruzeiro. O lateral acredita que a crise política que o clube viveu em 2019 foi a grande culpada pelo descenso: “Desde maio do ano passado, o Cruzeiro só vinha com notícia ruim extracampo. Dentro de campo, nosso time era um dos melhores do Brasil. Tínhamos perdido apenas um jogo e nosso time estava voando. Explicar o rebaixamento é tentar explicar o inexplicável. A gente olhava para o grupo e só tinha jogadores de altíssimo nível. Para mim, a queda tem a ver com a crise política que o clube vveu. Sem dúvida, isso atrapalha muito dentro de campo. A gente sempre tenta filtrar, falar que não nos afeta, mas nos afetou muito no ano passado. A saída do Mano também pesou, era um líder dentro do vestiário”, completou.

A partir desta quarta-feira (1), todo elenco cruzeirense entrará em férias até o dia 20 de abril. Haverá uma reunião da CBF com todos os clubes do Brasileirão Séries A, B e C no meio da semana para definir quando os campeonatos estaduais vão recomeçar e planejar o calendário para o Brasileirão 2020. Há uma expectativa para que os atletas retornem às atividades no dia 21 de abril. Porém, é provável que a bola só volte a rolar na primeira semana de maio.