Duílio Monteiro Alves foi eleito novo presidente do Corinthians no último sábado (28), com 1.081 votos, vencendo Augusto Melo e Mário Gobbi. A votação aconteceu no ginásio do Parque São Jorge, sede do clube alvinegro em São Paulo. Ao todo, a eleição contou com 17 urnas apuradas. O mandatário corintiano tem 45 anos e foi escolhido por Andrés Sanchez, em 2010, para ingressar no departamento de futebol e trabalhar ao lado de Roberto de Andrade.
O mais novo presidente terá como vices: Elie Werdo e Luiz Wagner Alcântara, o Wagnão. A chapa Renovação & Transparência, de Duílio e Andrés, é a que está contínua no poder desde 2007, elegendo diversos presidentes em sequência desde então: Andrés Sanchez (duas vezes), Mário Gobbi, Roberto de Andrade e Andrés Sanchez (de novo). Desta maneira, o grupo chegará a pouco mais de 16 anos no poder — marca histórica das últimas décadas.
“Hoje venceu a vontade da família corintiana, pela transformação do nosso Corinthians. Pela união e pela democracia. Estou um pouco sem palavras, queria agradecer meu pai, que me ensinou o que é o Corinthians. Hoje eu tenho uma responsabilidade muito grande de representar minha família, meu avô, meu pai pelo que fizeram aqui no clube, pelo nome que carregam e, principalmente, representar quase 40 milhões de corintianos”, disse Duílio em seu primeiro discurso.
O novo presidente já pensa em promover algumas mudanças. Jorge Kalil e Eduardo Ferreira vão deixar seus respectivos cargos ao fim do ano. Segundo apuração da Gazeta Esportiva, o sucessor de Andrés Sanchez pretende convidar Alessandro Nunes para voltar a trabalhar no clube. A intenção de Duílio é que o ex-lateral e ídolo do Timão reassuma a gerência do departamento de futebol — posto ocupado atualmente por Vilson Menezes.
Duílio ainda não entrou em contato com Alessandro e não sabe se o capitão toparia a proposta. Com 40 anos, o ex-jogador resolveu estudar, fazer cursos de gestão na CBF e recusou até uma proposta do Flamengo. O desgaste nos 11 anos de Corinthians, sendo sete como atleta e quatro como dirigente, fez com que ele optasse por dar um curto tempo na carreira. Dentro de campo, o ídolo disputou 258 jogos pelo Timão, marcou quatro gols e venceu oito títulos.