Daniel Alves segue em prisão preventiva após ser acusado de um suposto estupro. Na última sexta-feira (20), a juíza substituta da 15ª Vara de Barcelona, Anna Marín, foi a responsável pela ordem de prisão sem fiança contra o lateral-direito da seleção Brasileira. E a situação do jogador parece se tornar cada vez mais complicada.

Foto: Clive Rose/Getty Images | Daniel Alves
Foto: Clive Rose/Getty Images | Daniel Alves

 

Segundo informações do jornal catalão “La Vanguardia”, a ordem de prisão foi assinada não apenas após o depoimento da possível vítima e do jogador, como também tomou como base o relato de dezenas de pessoas que estiveram na boate Sutton no dia do suposto estupro. Os depoimentos colhidos pelos policiais da Unidade Contra Violência Sexual (UCAS) de Mossos d'Esquadra incluem o da prima e da amiga que acompanhavam a suposta vítima.

Uma das situações que pode ter agravado ainda mais a situação do jogador, foi o depoimento da amiga que afirmou também ter sido vítima de assédio sexual por parte de Daniel Alves. “A amiga contou aos investigadores que o jogador brasileiro a apalpava violentamente e que passou a mão em suas partes íntimas até que ela conseguiu se desvencilhar e ir embora. Comportamento que coincide com o depoimento da vítima em que ela conta como há um momento em que está longe da amiga e da prima”, diz um trecho da publicação do La Vanguardia desta terça-feira (24).

Nos últimos dias, investigadores analisaram as imagens das câmeras de segurança, a partir delas identificaram o máximo de pessoas que estiveram na boate Sutton na noite do dia 30 de dezembro e que passaram por Daniel Alves e o grupo em que estava a suposta vítima. De acordo com o La Vanguardia, todos passaram pela delegacia de Les Corts.

Atualmente Daniel Alves está em prisão preventiva em uma cela do Bians 2 e aguarda julgamento. O jogador que alega inocência conta com a defesa de Cristóbal Martell, advogado que já tem vasta experiencia e defendeu a família Pujol, além de Leo Messi e o Barcelona no caso de Neymar em casos de investigação de fraude fiscal. O fundador da Martell Abogados vai dividir a defesa do jogador com Miraida Puente Wilson. Ambos terão um desafio extra já que segundo o La Vanguardia “as contradições do suposto agressor em seu apartamento, a versão dos depoimentos e as câmeras de segurança locais não jogaram a favor do lateral direito”.

 

 

Entenda o caso

 

O caso teria acontecido no dia 30 de dezembro na boate Sutton, em Barcelona. Uma mulher que estava na mesma festa, afirmou ter sido vítima de supostos toques não consensuais. Segundo informação da agência de notícias Reuters, ela disse que o jogador a tocou debaixo de sua saia. A denúncia foi feita no dia 2 de janeiro.

No dia 20 deste mês, Daniel Alves foi detido pela polícia espanhola, após o jogador prestar depoimento na delegacia. De acordo com o UOL Esportes, o lateral foi a delegacia de forma voluntaria para prestar depoimento sobre um suposto caso de assédio sexual. Posteriormente informações vindas da Europa deram conta de que em seu depoimento a mulher declarou ter sido vítima de estupro.

Na sexta-feira (20), o jogador foi enviado para o presídio Brians 1, mas três noites depois acabou sendo transferido para Brians 2, presídio vizinho que possui celas mais equipadas e oferece mais segurança para o jogador. A defesa de Daniel Alves deve entrar com recurso nesta terça-feira (24).