Não deu! O Brasil caiu no tie-break para os Estados Unidos na semifinal do vôlei feminino nas Olimpíadas 2024 nesta quinta-feira (8). O time de José Roberto Guimarães levou à partida ao quinto set, mas seria derrotado por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 18/25, 25/15, 23/25 e 15/11 em 1h55 de partida.

Rosamaria em ataque contra os EUA na semifinal olímpica. Foto: Alexandre Loureiro/COB
Rosamaria em ataque contra os EUA na semifinal olímpica. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Com a derrota, a Seleção Brasileira irá lutar pela medalha de bronze. O time verde-amarelo aguarda o derrotado entre Turquia e Itália, a outra semifinal do vôlei feminino. Já os EUA vão em busca do bicampeonato olímpico consecutivo.

Contra os EUA, o Brasil precisou reagir no primeiro set, após começo abaixo, mas não seria suficiente. No segundo, Ana Cristina tomou conta do ataque para chamar a responsabilidade. No terceiro, Gabi foi bem marcada e o ataque das norte-americanas sobraram.

No quarto, o ataque brasileiro apareceu, com Gabi entrando no jogo e boa distribuição de bola de Roberta. No tie-break, alguns erros brasileiros somados à eficiência do ataque dos EUA custaram a vitória.

Individualmente, Ana Cristina brilhou com 24 pontos, enquanto Gabi anotou 16, seguida de Rosamaria, com 14. Pelos EUA, destaques para Plummer com 26 pontos, já Skinner fez 19 pontos.

Fim do sonho do tri

O Brasil adia o sonho de um tricampeonato olímpico no vôlei feminino. Ouro em Pequim 2008 e Londres 2012, a Seleção Brasileira chegou a Paris como uma das candidatas ao lugar mais alto do pódio. Em Tóquio 2020, o time saiu com a prata após derrota na final olímpica para os Estados Unidos.

Como foi à semifinal entre Brasil e EUA no vôlei feminino

Primeiro set – EUA 25/23

De começo arrasador, os Estados Unidos fizeram 5×0. Logo, Zé Roberto fez a inversão 5×1, com entradas de Macris e Tainara no lugar de Roberta e Rosamaria. Deu certo: Tainara entrou bem e destravou o bloqueio. O Brasil buscou o placar com oito pontos no bloqueio. Porém, os EUA também reagiram com erros brasileiros. Na hora H, o ataque norte-americano fez a diferença.

Segundo set – Brasil 25/18

Em set que relembrou a campanha do Brasil nas Olimpíadas 2024, Gabi começou a entrar no jogo. Nyeme, aliás, seguiu dando show na defesa. Tocando em todas as bolas, o Brasil encontrou o timing no bloqueio e paralisou o ataque dos EUA. Inspirada, Ana Cristina roubou a cena: fez 11 pontos e comandou o ataque brasileiro. Consistente, o Brasil ainda contou com a melhora do saque para reagir.

Terceiro set – EUA 25/15

De novo, os EUA começaram dominando a parcial. O Brasil desconcentrou e provocou um pedido de tempo precoce de Zé Roberto. A Seleção caiu na eficiência do saque, já o ataque dos EUA conseguia virar a maioria das bolas. Zé tentou de tudo: inversão 5×1, entrada de Julia Bergmann e novo tempo. Com Gabi bem marcada e os EUA em modo “automático” no ataque, vitória tranquila.

Quarto set – Brasil 25/23

A parcial marcou a “entrada” de Gabi. A capitã conseguiu se soltar no ataque e, enfim, fez uma boa sequência de pontos. Thaisa e Carol também apareceram em bloqueios importantes. A defesa brasileira voltou a subir o nível. Já Roberta se destacou com excelente distribuição de bola, alternando entre Gabi, Ana e Rosamaria no ataque. Depois de algum drama na reta final, vitória brasileira.

Quinto set- EUA 15/11

Em erro de saque dos EUA e ataque de Gabi no 5×3, o técnico Karch Kiraly, dos EUA, pediu tempo. As Seleções começaram a dar show em longos ralis. Porém, o jogo sairia do controle brasileiro com erros em sequência, chegando a 12×8 aos EUA. Um bloqueio de Carol deu esperança. Mas duraria pouco: Aninha seria pega no bloqueio e outro ataque dos EUA adiaram o sonho do tri brasileiro.