Nesta quarta-feira (9) o atacante Walter concedeu uma entrevista ao Globo Esporte e fez questão de explicar os motivos. O jogador que agora vai defender o Amazonas FC não deixou de ressaltar e agradecer a diretoria, os funcionários e à torcida tricolor pelo apoio desde a sua chegada. Inclusive, lamentou bastante por não ter jogado com público nas arquibancadas do Arruda. Discurso de gratidão que teve uma ressalva, porém. Um “incômodo” que, segundo o atacante, também influenciou em sua saída.
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“Sem dúvida, o coração está triste. Não é fácil a gente passar por isso. Não teve briga, não teve nada, só tenho que agradecer e aproveitar e agradecer à torcida pelo carinho, agradecer a todos que me aceitaram de braços abertos. O time do Santa é um time gigante, sempre falei isso, só que não é aquilo tudo que a gente passa, que mostra para torcida, entendeu?”, disse, referindo-se a “coisas” que estavam lhe deixando triste.
“O futebol muda muito rápido. Eu estava, sim, muito feliz, mas tem coisas que acontecem que vão deixando você triste. Eu sou um cara que gosto de estar feliz no lugar, gosto de estar bem. Aí, algumas coisas me deixaram triste. E para estar triste, prefiro sair. Sem briga, sem nada”, frizou. O jogador, contudo, não quis explicitar que “coisas” seriam essas que o deixaram triste. Minimizou a questão dos salários atrasados , sobretudo em relação ao desempenho da equipe na partida contra o Retrô, e enalteceu a união e capacidade do elenco. Justamente ao falar do elenco, deixou implícito que a insatisfação está relacionada a alguma configuração na diretoria do clube.
Paulo Paiva/AGIF – Walter em sua passagem pelo Santa Cruz
Walter se destacou em sua passagem pelo Santa Cruz?
Walter se destacou em sua passagem pelo Santa Cruz?
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“Nosso time é muito bom, sempre falava isso para os meus companheiros. Não tinha craque, mas era um time de operário. Penso que, se mudar algumas coisas, tanto da diretoria quanto o pessoal que trabalha no Santa Cruz, a chance de sair campeão é muito grande. No dia a dia eu estava muito feliz com meus companheiros, com os funcionários. Todos me trataram muito bem, o carinho da torcida, agradeço muito, porque é difícil, por tudo o que foi falado, o torcedor me aceitar assim, só tenho que agradecer. Fora do campo também, estava tudo bem. Algumas coisinhas só que ‘pegaram’, mas nada demais”, ressaltou.