Com a saída de Abel Braga do comando do Fluminense, o agora ex-treinador de futebol anunciou sua aposentadoria do cargo. Ele que tem passagens por gigantes do esporte nacional e até internacional, definiu que quer outra função, a de coordenador técnico. O último jogo em que Abel comandou um time dentro da área técnica foi no dia 26 de abril, no empate em 0 a 0 entre Fluminense e Unión Santa Fé. 

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - Abel Braga se aposenta do cargo de técnico de futebol
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - Abel Braga se aposenta do cargo de técnico de futebol

 

Para o programa “Globo Esporte” da TV Globo, Abel Braga relatou um dos motivos pelo qual não aguentava mais em sua longeva carreira de técnico, as viagens. “Todo mundo reclama do número de jogos, que é muito grande. Não só o corpo, o mental também. Mas eu não estava aguentando mais esse número de viagens”, afirmou o ex-técnico de futebol. 

Hoje aos 70 anos, Abel Braga começou sua carreira como treinador ainda em 1985 pelo Goytacaz-RJ e passou por diversas equipes do futebol brasileiro e internacional, com passagens por Portugal, França, Emirados Árabes e Suíça. Em seu currículo, Abel tem duas Libertadores, Mundial de Clubes, Copa Sul-Americana e duas edições de Campeonato Brasileiro, entre outros títulos. 

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - O último título do treinador foi o Campeonato Carioca em 2022 pelo Fluminense

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF - O último título do treinador foi o Campeonato Carioca em 2022 pelo Fluminense

Abel definiu qual deve ser seu futuro na carreira, a função de coordenador técnico. “Não quero ser executivo, não quero ser diretor técnico, quero ser coordenador técnico. Não quero fazer negociações, por exemplo. Há uma diferença muito grande entre as funções. Eu posso colocar em prática tudo que aprendi. Quero dar respaldo para o técnico, para a comissão técnica e para os jogadores. Se o comportamento de um jogador não está condizente com aquilo que se espera dele, para quê o treinador vai lá se desgastar? Sou eu”, disse Abel Braga. 

“Eu vivenciei isso um pouco com o Paulo Autuori no próprio Fluminense. Estava numa situação financeira muito crítica e vinham todo dia em mim. "Professor, não saiu o salário"... 'Professor, não pagaram o bicho'... O Paulo chegou e não escutei mais nada daquilo. Fiquei leve. É exatamente aquilo. Eu sei o peso que tiraram de mim. Também sei o peso que posso tirar dos ombros de muitos treinadores. Vamos ver, a vida vai seguir”, completou Abel.