O Paris Saint-Germain vai mantendo os resultados positivos dentro de campo e tem 100% de aproveitamento na Ligue 1, mesmo enfrentando desafios nos bastidores, principalmente com os dois dos principais craques da equipe vivendo conflitos que geram um clima de tensão no elenco. Kylian Mbappé e Neymar chegaram a demonstrar essa rivalidade dentro de campo no episódio que foi batizado de “Penaltygate II”.Após uma reunião com os jogadores, o Clube tenta transmitir a ideia de que conflito entre os atletas foi acalmado.
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Todavia, para o português José Peseiro, atual técnico da Nigéria e antigo comandante do Real Madrid, na era galática, com nomes como Ronaldo, Zinedine Zidane, Roberto Carlos, Raul e David Beckham, afirmou que será difícil lidar com os egos de um elenco tão recheado de astros, como é o PSG.
“Não é fácil. Chega um momento em que esses atletas vivem em seu próprio mundo. Não por culpa deles, mas, o imediatismo do futebol, para o bem ou para o mal, cria este entorno. Esta forma de estar. Quando temos uma equipe de divisão baixa, a relação entre os atletas é quase familiar. No patamar de um PSG, de um Real Madrid, não existe isso. Eles têm um patamar de exigência midiática. Claro que isso os transforma em estrelas”, disse o português em entrevista à ESPN.
Justamente essa disputa de egos teria culminado na demissão do antigo treinador da equipe Mauricio Pochettino. Pedeiro destacou o desafio de um treinador para lidar com a individualidade destes atletas. “Claro que não é fácil para um treinador trabalhar com atletas como Neymar, Mbappé e Messi. São nomes inteligentes, percebem que vivemos em um mundo cada vez mais individual, menos participativo, menos colaborativo, de menos relações sociais e familiares. Só vivem com os amigos nas redes sociais. É um mundo diferenciado. Os três melhores do mundo têm seus objetivos, seus egos, e só estão juntos mesmo quando estão no vestiário. Eles têm o mundo deles, mas nós também criamos um mundo para eles”.
O português ainda pontuou a dificuldade dos atletas de não conseguirem lidar com a falta de uma vida social normal. “No Real Madrid, essas pessoas percebiam que há diferenças entre esses egos, diferenças de vida, diferenças nos treinamentos. Mas, se você consegue criar uma boa química entre esses nomes e uma boa relação no grupo como um todo, algo difícil de fazer, os projetos funcionam. Mas claro que é difícil criar esse clima. Evidentemente que com Messi, Neymar e Mbappé, como são nomes decisivos, claro que esses egos têm mais facilidade de virem à tona e dos outros terem dificuldades de entenderem”, explicou e ainda concluiu afirmando que alguns atletas não conseguem encontrar o equilíbrio e que é um responsabilidade coletiva manter o ambiente “com todos dando seu melhor em prol da equipe”.