Com apenas 18 anos, Miguel fez sua primeira partida como titular no Red Bull Bragantino no último domingo (06). O jogador foi revelado no Fluminense e chegou ao Nabizão em setembro de 2020 e, apesar de chegar com o status de promessa, o jogador não estreou pelo clube naquele ano, treinou com o profissional e só fez seu primeiro jogo com a Massa Bruta na primeira rodada do Paulistão do ano passado diante do Mirassol. Porém na partida do último domingo no qual o Toro Loko empatou em 1×1 diante do Ferroviária, o jogador fez sua estreia como titular e fez valer a oportunidade se tornando o autor do gol do empate da equipe de Bragança Paulista.
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O golaço marcado pelo meia surpreendeu o goleiro da Ferroviária, mas o atleta admitiu que inicialmente a ideia era cruzar a bola na área, porém sabia que havia chance de a jogada culminar em gol. “Confesso que fui tentar cruzar, mas a bola foi em direção ao gol para surpreender o goleiro. É uma característica do nosso time essa batida direta, com alguém aparecendo para desviar. A ideia era o cruzamento, foi direto”, disse em entrevista ao ge.globo.
Miguel recebeu o passe de Léo Ortiz e bateu fechado na área acertando a bola no ângulo. Em sua entrevista ao GE, o jogador não escondeu a felicidade de ter marcado na partida, apesar de lamentar o resultado do jogo. “ Sentimento de muita felicidade (pelo gol), por tudo que passei nesses últimos anos de uma forma geral. Começar minha trajetória no Bragantino, marcando gol na estreia como titular. Infelizmente, o resultado não foi a nossa vitória. Mas foi importante ter marcado este gol”, comentou.
O meia tem contrato com a Massa Bruta até o fim de 2022 com possibilidade de renovação por mais cinco anos. Além disso, 50% dos seus direitos econômicos pertencem ao RB Bragantino, 30% ao Fluminense e 20% ao próprio jogador. Miguel admitiu que precisou se adaptar ao estilo do Toro Loko logo que chegou ao elenco em 2020, mas destacou que um dos fatores que o fez fechar com a equipe foi a filosofia de apostar nos jovens talentos. “ No começo, foi um pouco diferente, até pela forma de jogar do clube, muita intensidade, linha alta, pressionar o tempo todo. Tive me que adaptar. Em virtude do tempo que estava parado, sem jogar, fiz uma espécie de preparação. Agora estou bem, fisicamente falando. Estou preparado para jogar e ajudar no que precisar. Jogador sempre quer jogar, mas isso deixo para o professor. Sempre que precisar, estou à disposição”, revelou.
Apesar de enfrentar uma grande disputa pela vaga na posição, o jogador encara a situação com naturalidade e como oportunidade de aprendizado. “Quem ganha com isso é o clube. Você vê o Hyoran, que, em dois jogos, fez dois gols. Eu entrei e fiz gol. Os outros também estão bem. Ter jogadores que, quando precisa, fazem gol ou dão assistência. É muito importante ter jogadores como eles ao lado. Aprendemos bastante com esses jogadores, que já são mais experientes, estão mais acostumados. Isso me ajuda muito”, afirmou.