A técnicasuecaPia Sundhage está quase completando quatro anos no cargo de comandante da Seleção Brasileira Feminina. Em entrevista para o Estadão, ela comentou sobre o trabalho durante todos esses anos, asperspectivas para a Finalíssima diante da Inglaterra, e claro, sobre a Copa do Mundo.
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A treinadora também comentou sobre a renovação da Seleção, o novo padrão de jogo, e comoa conquista daCopa América fez com que o futebol feminino no país tenho mudado de patamar.
Importância da Finalíssima e amistoso contra a Alemanha
“Com certeza, teremos algumas respostas. Se você joga com os melhores times, você saberá onde está tendo sucesso e com certeza saberá onde precisa trabalhar ainda mais para melhorar em busca do objetivo. Jogar contra dois bons times, especialmente a seleção inglesa, nos deixa felizes e será uma boa experiência para todos nós. Creio que qualquer um que viu o jogo entre Alemanha e Inglaterra, na decisão da Eurocopa feminina, dirá que foi um grande jogo de futebol. Isso significa que teremos duas chances de receber respostas e avaliá-las para saber se precisamos trabalhar mais ainda, ou se podemos nos concentrar em coisas novas. E teremos avaliações individuais. Eu estou realmente feliz e agradecida de poder jogar com duas grandes seleções antes da Copa do Mundo.”
Momentos diferentes da Seleção Brasileira desde que chegou
“É bem diferente agora por causa das mudanças. Não temos mais Bárbara, Formiga, Cristiane e Andressa Alves, que eram experientes. Mas temos Nycole, que vem jogando em Portugal, Kerolin, Adriana. Penso que estamos jogando de uma maneira parecida defensivamente, em um 4-4-2 que lembra a forma como a seleção sueca se defende. Jogando dessa forma, conseguimos fazer um bom papel defensivo na Olimpíada (de Tóquio) mesmo com jogadoras mais jovens, em que tivemos de acelerar os processos. No ataque está um pouco diferente por causa da técnica, das combinações e da dinâmica, principalmente no nosso meio de campo.”
Processo de renovação na Seleção Brasileira
Olhando para o plano de jogo da seleção, quando nós renovamos a equipe, pensamos, analisamos e, na minha opinião, acabamos encontrando respostas pelo centro do campo. Vimos jogadoras jovens, sem experiência, mas com boa condição técnica e que realmente eram muito boas. Além disso, conseguimos Rafaelle e Tamires na defesa, o que fez ummixde idades. Penso que, neste momento, seja qual for a escolha técnica para o time, nós temos uma ideia de jogo, um planejamento do que queremos. A partir de agora, qualquer jogo ou treino que teremos será para que as jogadoras tenham ainda mais confiança para fazer o que sabem. Se você acredita em algo, não importa o que seja, pode acontecer. Nós vamos para os dois próximos jogos sabendo que podemos vencer e vamos buscar isso, mesmo com a dificuldade. O mesmo acontecerá na Copa do Mundo. Sabemos que podemos vencer o primeiro jogo (diante do Panamá), o segundo jogo será contra a França… O limite é o céu. Teremos dificuldades, mas todas as equipes e todas as pessoas têm dificuldades. Acredito que se jogarmos o nosso melhor futebol, vamos ganhar uma medalha. Acredito que meu trabalho é fazer cada atleta não só acreditar em si, mas acreditar em todas as companheiras e também na comissão técnica. O que eu posso dizer para todos é que tenham atenção no Brasil, porque existe a chance.