Fluminense x Inter de Milão:
O Fluminense surpreendeu muita gente e conseguiu classificação na Copa do Mundo de Clubes da Fifa ao eliminar a forte Internazionale de Milão nas oitavas de final, já sabendo que vai encarar o Al-Hilal nas quartas.

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Mesmo com os italianos sendo considerados pela grande maioria como os favoritos, a equipe comandada por Renato Portaluppi fez um jogo de alto nível, fez 2 a 0 no placar e segue sonhando com o título na competição.
“Bronca” de Lautaro Martínez após eliminação:
Após a eliminação, Lautaro Martínez deu uma declaração forte, cobrando seus companheiros e gerando um clima bem pesado na Itália, até porque deixou claro que, quem não estivesse com vontade por lá, poderia sair do clube:
“Eu quero brigar pelos principais títulos. Quem quiser permanecer na Internazionale, muito bem, vamos lutar. Mas quem não quiser ficar pode ir embora. Precisamos de jogadores que queiram estar aqui. Estamos vestindo uma camisa importante. Precisamos de uma mentalidade de alto nível ou, por favor, vá embora”, disparou.
No entanto, essa “bronca” não caiu bem entre os companheiros, especialmente com Hakan Çalhanoglu, que publicou um comunicado repudiando as aspas do argentino, deixando claro sua situação perante ao clube.

Lautaro Martínez e Hakan Çalhanoglu, da Inter de Milão – Foto: Giuseppe Bellini/Getty Images.
Confira o comunicado na íntegra:
Após a lesão sofrida na final da Liga dos Campeões, decidimos partir para os Estados Unidos mesmo assim. Estar lá, mesmo sem entrar em campo, foi importante para mim. Eu queria estar perto do grupo, dar o meu apoio. Infelizmente, durante um treino nos Estados Unidos, sofri outra lesão em uma área diferente. O diagnóstico foi claro: uma ruptura muscular. Por isso não pude jogar. Não há mais nada. Nenhum histórico. Ontem perdemos. E dói. Vivi isso com tristeza, não apenas como jogador de futebol, mas como alguém que realmente se importa com esta equipe. Apesar da lesão, logo após o apito final, liguei para alguns companheiros de equipe para demonstrar meu apoio. Porque quando você se importa, é isso que você faz. O que mais me marcou, no entanto, foram as palavras que vieram depois. Palavras duras. Palavras que dividem, não unem. Ao longo da minha carreira, nunca procurei desculpas. Sempre assumi minhas responsabilidades. E nos momentos difíceis, sempre tentei ser uma referência. Não com palavras, mas com ações.

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Respeito todas as opiniões, até mesmo a de um companheiro de equipe, até mesmo a do presidente. Mas o respeito não pode ser unilateral. Sempre o demonstrei, dentro e fora de campo. E acredito que no futebol, como na vida, a verdadeira força está em saber respeitar o outro, principalmente nos momentos mais delicados. Nunca traí esta camisa. Nunca disse que não era feliz na Inter. No passado, recebi ofertas, mesmo muito importantes, mas escolhi ficar. Porque sei o que esta camisa representa. E achei que minhas escolhas falavam por si. Tive a honra de ser capitão da minha seleção e aprendi que o verdadeiro líder é aquele que fica ao lado dos companheiros, não aquele que procura alguém para culpar quando é mais fácil fazê-lo. Eu amo este esporte. Eu amo este clube. E eu amo estas cores. Dei tudo todos os dias. O futuro? Veremos. Mas a história sempre lembrará quem permaneceu de pé. Não quem levantou a voz mais alto.








