Jonathan Calleri é atualmente um dos principais jogadores do São Paulo. Apesar do status no clube paulista, o centroavante admitiu em entrevista ao canal do Youtube Botines Sensibles que não está vivendo a sua melhor fase na vida pessoal. O atleta contou que após marcar dois gols no triunfo do Tricolor por 4 a 1 contra o Santos, em julho, pelo Brasileirão, sendo destaque na partida, enfrentou a solidão.

“Há um mês, 20 dias, eu fiz dois gols em um clássico, ganhar, ser o melhor jogador em campo e chegar em minha casa e estar sozinho, me sentir sozinho. Não me importava a figura que havia sido há três hora. Não me importava nada o que os jornais falavam ‘Calleri fez dois gols no clássico outra vez’. Nesse dia, me tornei o argentino com mais gols na história do São Paulo, o segundo estrangeiro com mais gols na história do São Paulo, e não me importava”, disse.
Calleri prosseguiu afirmou que não se sentia feliz, apesar da conquista. “A única coisa que queria era me sentir bem e eu não estava bem. Sim, no futebol eu estava bem, mas cheguei na minha casa, uma casa grande, onde antes estava cheia de pessoas, e não ouvia ninguém. Estava sozinho. Existem horas que às vezes o jogador e a pessoa vão para lados diferentes, haverá horas que a pessoa vai estar como o jogador, haverá vezes que o futebol estará de uma maneira e a pessoa de outro. Então, em partes, a vida pessoal e o futebol estão iguais e em outra hora não, como te dei esse exemplo. Eu tinha sido a figura do clássico, havia feito dois gols e cheguei na minha casa e sentia que não era feliz”, continuou.
O centroavante revelou ainda que está buscando avaliar seu momento por outras perspectivas e que se sente querido no São Paulo. “Não estou passando pelo melhor ano da minha vida pessoal por problemas de relacionamento, mas eu tentei enxergar de outras perspectivas. Por experiência, eu tento lidar de outra forma diferente que eu fiz quando era mais novo e, por isso, talvez eu esteja em um lugar onde me sinto muito querido. Não sou ídolo [do São Paulo], porque não ganhei nenhum torneio importante, mas estou em um lugar onde se vou mal em duas, três, quatro, cinco partidas as pessoas vão me dar força e me apoiar igual faziam a dois, três, quatro meses atrás”.
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ESQUECER DOS PROBLEMAS
Segundo o jogador, o futebol tem o ajudado a esquecer de seus problemas. “Se os contextos pessoal e futebolístico estão mal, você vai estar cada vez pior. Se, talvez, o pessoal neste momento não esteja bem, mas o futebolístico está bastante acima do pessoal, talvez vão se igualando. O futebol muitas vezes te tira de momentos pessoais ruins, porque, de verdade, quando entro em campo esqueço tudo o que acontece lá fora, desde que chego ao vestiário, faço o aquecimento e estou dentro de campo nos 90 minutos que jogo ou que tenha que jogar. Quando acaba, começo a pensar nos problemas que tenho, mas no meio, igualmente em treinamento, não é que eu diga: ‘eu quero esquecer todos os meus problemas’, mas que diretamente o futebol me faz esquecer de tudo”, contou.