Apontou o dedo

Campeão do Brasileirão com o Botafogo em 1995, Wilson Gottardo não hesitou em apontar o dedo para o técnico Bruno Lage como o principal responsável pela derrocada do clube na atual edição do campeonato.

Wilson Gottardo,  enquanto diretor de futebol do Botafogo-RJ, em 2014, durante treino no campo anexo do estadio Engenhao. Paulo Campos/AGIF
© Paulo Campos/AGIFWilson Gottardo, enquanto diretor de futebol do Botafogo-RJ, em 2014, durante treino no campo anexo do estadio Engenhao. Paulo Campos/AGIF
‘BOTAFOGO ATINGIU ÚLTIMO MOMENTO DA ZOAÇÃO. FUTEBOL TEM ESSE NÍVEL DE SADISMO E PERVERSIDADE?’

O Botafogo, que chegou a liderar com uma vantagem de 13 pontos sobre o segundo colocado, agora ocupa a segunda posição, três pontos atrás do líder Palmeiras, restando apenas duas rodadas para o final da competição.

“O (técnico) Bruno Lage foi o grande responsável pelo momento atual do Botafogo. Ele não entendeu a maneira de jogar do time e não conhecia o campeonato. Ele tentou mudar muita coisa em pouco tempo”, disse Wilson.

Gottardo completou dizendo que a culpa tamb´me não é só de Lage: “Ele tentou seu modelo de jogo que não funcionou, aliado a falta de convicção. Penso que os jogadores também têm responsabilidades no processo”, afirmou Gottardo ao site Torcedores.

O que Lage errou

Bruno Lage comandou o Botafogo em 16 jogos, com cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas, após suceder Luis Castro. Gottardo ressaltou a importância do diálogo aberto entre jogadores e comissão técnica nos dias de hoje.

Bruno Lage tecnico do Botafogo durante partida contra o Goias no estadio Engenhao pelo campeonato Brasileiro A 2023. Jorge Rodrigues/AGIF

Apesar disso, Wilson destacou que as mudanças táticas implementadas por Lage causaram impacto, somadas a falhas técnicas: “… a oscilação era prevista. Mas o time teve uma mudança tática que sentiu muito, somado a falhas técnicas. Mesmo assim, ainda acredito que qualquer um pode vencer, pois há imprevisibilidade”.

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O ex-jogador, que participou do elenco que conquistou o inusitado título do Brasileiro em 1995, recordou os bastidores daquela conquista. “O elenco foi montado às pressas. Muitos garotos na equipe. Só tinha um campo para treinar (Caio Martins) e treinávamos numa academia externa. Fazíamos muito treinamento na praia também. Não tem explicação, tudo encaixou. Jogamos bem todos os jogos, exceto um contra o Bragantino. Foi o título mais marcante que eu ganhei”.

O que dizem os torcedores