Tiago Nunes foi, sem dúvidas, um dos maiores treinadores da história do Furacão. O técnico chamou a atenção de Grêmio e Athletico no Veranópolis, em 2017, quando conseguiu, com um elenco modestíssimo, classificar o time para as quartas-de-final do Campeonato Gaúcho. Pouco tempo depois da demissão de Fernando Diniz, o novo comandante teve a oportunidade de ser treinar o elenco profissional do Rubro-Negro e não decepcionou.
Depois de peregrinar pelo futebol de base e passar por 22 clubes em vários cantos do país, Nunes foi contratado pelo Furacão em abril de 2017, inicialmente para trabalhar nos times de base e aspirantes. No total, entre time de aspirantes e equipe profissional, Tiago dirigiu o Rubro-Negro em 104 partidas, com 54 vitórias, 25 empates e 25 derrotas. Em entrevista aos canais ESPN, o técnico detalhou sua passagem pelo CAP e falou sobre um possível retorno.
“Não, de maneira alguma, zero arrependimento (de sair do Athletico). Eu, quando vou mudar meu rumo profissional, penso no melhor e no pior cenário. Eu dimensionei que, se desse certo, abriria portas no Brasil e fora. E, se desse errado, sofreria críticas e geraria uma interrogação sobre mim. A gente ainda tem no Brasil, e em outros lugares, o ‘melhor treinador da semana’. Você tá sendo julgado semanalmente, e isso não é o que interfere na minha carreira”.
Campeão Estadual e da Copa Sul-Americana em 2018, da Levain Cup e da Copa do Brasil em 2019, Nunes fez história no Furacão. No Corinthians, o treinador não conseguiu repetir o mesmo sucesso. O comandante deixou o time paulista depois 28 jogos. Foram 10 vitórias, 10 empates e 8 derrotas — Tiago acabou não convencendo e foi demitido do ainda no início de trabalho, pouco tempo depois da final do Campeonato Paulista, onde se sagrou vice.
“E, sobre o Athletico, tenho certeza que vou voltar. Não tenho a mínima noção de quando. Minha saída foi conturbada, não foi fácil sair, eu também conduzi de maneira errada. Fiquei com muita raiva do presidente na época. Foi ruim meu modo e o deles, ficou uma situação ruim nesse sentido. Mas criei vínculos com as conquistas, vou voltar daqui 15, 10, 20 anos. No Corinthians, não sei. Não foi como eu gostaria, e isso me provoca para tentar conquistar um caminho”.