Trinta e cinco lesões em 20 jogadores diferentes. Esta é a realidade do departamento médico do São Paulo na atual temporada. Panorama que tem assombrado a vida de Hernán Crespo e da torcida tricolor em meio a três competições importantes dentro do calendário: Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. A grande questão no debate nas redes sociais é: por que o Reffis não consegue mais recuperar os contundidos?
O colega Leonardo Lourenço, do GE, informa que o próprio São Pauloaponta como causas gerais: (1) a falta de um período de férias adequado para os atletas;(2) a mudança na metodologia de trabalho na troca das comissões técnicas de Fernando Diniz para a de Crespo; e (3) análises individuais de cada jogador lesionado.
No momento, há seis jogadores no DM:Diego Costa, Eder, Luciano, Marquinhos, Welington e William. Além disso, Martin Benítez é um que vem frequentando bastante o local, repetindo outras temporadas. Os problemas de lesão o acompanham desde o Independiente passando pelo Vasco em 2020. Miranda e Eder, que vinham de longo tempo parado após saírem da China,também têm sofrido com o excesso de jogos e constantemente estãono radar dos médicos.
Luciano, então, é uma incógnita para os torcedores. Havia expectativa de que o camisa 11 se recuperasse de lesão muscular (estiramento) na coxa e retornasse no clássico contra o Palmeiras pelo Brasileirão. Até agora, todavia, nada do atacante em campo, que está próximo de completar doismeses fora de cena – seu último jogo foi em 20 de junho contra o Santos.
Mas o principal motivo para tantar lesões, segundo avaliação do São Paulo, é o excesso de jogos na temporada. Por causa da pandemia de Covid-19, o calendário de 2020 só se encerrou em 25 de fevereiro. Três dias depois, já começava o Campeonato Paulista e o elenco tricolor não teve descanso. Crespo chegou com a responsabilidade de conquistar títulos e, por isso, não preservou ninguém desde o início, ao contrário de Santos e Palmeiras, por exemplo.
A curto prazo, o plano funcionou. O São Paulo foi campeão paulista, porém muitos atletas amargaram problemas físicos. Para se ter uma ideia,em toda a temporada passada,Crespo comandou o Defensa Y Justicia em 32 partidas. De março até agora, o técnico viu sua equipe atuar44 vezes– e olha que o Tricolor tem mais 23 partidas no Brasileirão e, no mínimo, mais quatro jogos na Libertadores e seis na Copa do Brasil (em caso de vagas nas decisões, respectivamente).
