Com atuações abaixo nas últimas rodadas, o Vasco se mexeu nos bastidores e definiu a saída de Ramon Menezez do comando técnico. O treinador, que vinha fazendo um bom trabalho após a pandemia de Coronavírus, não conseguiu repetir as boas atuações e o clube decidiu por sua saída. Substituindo Abel Braga, foram 16 partidas, com oito vitórias, três empates e cinco derrotas.

Foto: Divulgação/Rafael Ribeiro
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Ramon deixa o Cruz-Maltino na décima colocação do Campeonato Brasileiro, com cinco vitórias, três empates e cinco derrotas, totalizando 46% de aproveitamento. Sob o seu comando, o clube ainda chegou a liderar o Campeonato Brasileiro. Com a situação, sobram especulações da imprensa sobre a saída, já que o técnico era visto com grande talento, mas não conseguiu se firmar.

Nesta sexta-feira (09), em entrevista ao canal Pop Bola, o presidente do time carioca, Alexandre Campello, foi questionado sobre a saída do treinador e analisou o atual momento do time, que foi eliminado na Copa do Brasil e caiu de rendimento no Brasileirão. Ainda na conversa, ele não se intimidou e raeateu o questionamento que não era hora para a demissão.

“Qual seria o momento de fazer a troca? Quando entrar na zona do rebaixamento? Quando a vaca for para o brejo?, inicou Campello, que completou: “Começamos bem (com o Ramon). Após as últimas dez partidas, a partir do jogo contra o Santos, disputamos 30 pontos. Só conseguimos nove. Isso significa 30% de aproveitamento. Isso é o rendimento de quem está em penúltimo no Brasileiro. E aí, pergunto: era o momento? Estou esperando há seis jogos, venho de duas goleadas. No jogo contra o Botafogo, não demos um chute a gol. Jogamos essas partidas contra clubes que estão abaeixo na tabela. Isso tem importância grande. Foi isso que norteou. Não vou entrar na parte técnica. Quando se está perdendo, se fala um monte de besteira. Falaram que não tem clima, que há racha no elenco. Isso é conversa fiada. O grupo é maravilho e aguerrido. Mas não estava conseguindo reagir. E cabe a mim tomar atitude”, explicou.

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Também na conversa, o presidente agradeceu Ramon e pontuou que o Gigante da Colina precisa de um técnico com mais peso: “Acho que a gente precisa de um treinador com mais peso, mais rodagem. Um treinador que consiga trazer para ele a responsabilidade, como foi com o Vanderlei (Luxemburgo, em 2019). O momento não é tão propício como o de quando o Ramon assumiu. Ele assumiu com tempo para treinar e implantar a filosofia. E sem torcida, sem a pressão no estádio. Isso deu tranquilidade não só ao Ramon, mas os meninos da base que estão começando. Hoje o ideal é um treinador com mais rodagem”, comentou.

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Ao falar sobre possíveis nomes, o presidente desconversou e salientou que ainda não há nada fechado:“Tem alguns nomes que estamos pensando, ainda não fechamos isso. Estamos conversando. É isso. Segredo é a alma do negócio”, finalizou o dirigente.