Com passagem recente pelo Palmeiras, Paulo Nobre, ex-presidente, assumiu o clube em 2013 com uma série de problemas estruturais e financeiros, que teria que resolver para trazer momentos de glórias. Com dinheiro próprio e como avalista, pegou empréstimos e, aos poucos, foi colocando a casa em ordem.

Paulo Nobre falou sobre alguns temas envolvendo o Verdão –  Foto Marcello Zambrana/AGIF.
Paulo Nobre falou sobre alguns temas envolvendo o Verdão – Foto Marcello Zambrana/AGIF.

Diante de bastante esforço, os resultados apareceram cerca dedois anos depois com a chegada da Crefisa e os títulos da Copa do Brasil 2015 e do Campeonato Brasileiro 2016. Atualmente rompido com Leila Pereira, dona da Crefisa e atual patrocinadora do Palmeiras,relatou que, nos dias de hoje, o clube já parece ter um “dono”.

“Como o Palmeiras é absolutamente pioneiro em quase tudo o que acontece no futebol brasileiro, [falando isso] sem clubismo, acho que seria muito interessante o Palmeiras virar clube-empresa. Mesmo porque, hoje, de uma certa maneira, dado o relacionamento que tem com o atual patrocinador – ele não é exatamente como era na época da Parmalat, que era uma cogestão – é uma pessoa muito rica que tem a pretensão de fazer a mulher dele a primeira presidenta do clube, e já tem uma relação financeira com o clube tão grande, que parece que o Palmeiras já foi vendido sem ter entrado dinheiro. O Palmeiras ainda deve”,avaliou, conforme publicou o portal “Palmeiras Online“.

Nobre cortou relações com Leila Pereira – Foto: Marcello Zambrana/AGIF.

Ainda por volta de 2013, a gestão de Paulo Nobre contratou dois corintianos para trabalharem na comunicação do Palmeiras. Na época, o fato incomodou muito torcedores e associados, mas, segundo o mandatário palmeirense, o relacionamento com os jornalistas mudou bastante e os vazamentos de informações foram contidos ao máximo.

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Na minha gestão foi um escândalo quando em 2013 eu trouxe dois ‘gambás’ [referência a torcedores do Corinthians] para a nossa assessoria de imprensa. Mudou da água para o vinho a nossa relação com a imprensa, o vazamento de informações… tudo isso acabou porque eles não pensavam com o fígado como nós. Eles não sofriam porque nem palmeirense eram, mas eles eram muito profissionais. Quando o cara é profissional, rende mais. Eu pergunto para qual time torce o técnico quando eu vou contratá-lo? Eu pergunto o time do zagueiro ou do atacante? Então pra quê eu vou contratar só profissionais palmeirenses? Eles são profissionais e fazem de tudo para ganhar com o Palmeiras”, afirmou.