"Fez história bonita e está terminando nessa m*"; Ex-Grêmio não preserva Bolzan de críticas e entrega bastidores de saída

O Grêmio luta para garantir sua vaga entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Série B nesta reta final de 2022 e encerrar a gestão do presidente Romildo Bolzan Júnior na elite do país. Após conquistar glórias, o mandatário está prestes a entregar o cargo, já com eleições em andamento nos bastidores, e convive com críticas da torcida.

Na última terça-feira (18), um ex-jogador do Grêmio “detonou” os últimos momentos de Bolzan à frente do Clube. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-volante Maicon voltou a externar bastidores de sua saída conturbada do Tricolor ao longo de 2021 e não poupou nas críticas. Depois de seis anos em Porto Alegre, o meio-campista teve seu contrato rescindido após ser expulso contra o Corinthians pelo Brasileirão.

“Foi uma decisão da diretoria. Eles entenderam que era hora de me mandar embora porque eu era o chato da história. Eu cobrava, pois eu sempre queria o melhor para o Clube. Eu era o chato porque falava a verdade para o presidente ou quem quer que fosse. O presidente fez uma história bonita e está terminando nessa m*que está agora. O final da história que será contada é que foi rebaixado“, disse.

“Eu cobrava e algumas pessoas se incomodavam. Saía que eu ganhava R$ 700 mil ou R$ 800 mil, mas de todos os jogadores ali eu era o mais barato. Esse não era o problema. O problema é que eu incomodava, porque eu queria o melhor para o Clube. Se tinha algo errado, eu ia lá e cobrava. Dizia o que não estava certo eisso incomoda algumas pessoas. Mas a decisão foi só da diretoria. E ninguém da diretoria me ligou. Quem me fez o comunicado (da saída) foi o Machado (Jorge, empresário). Falei que se, com sete anos de Clube, o Clube quer que eu saia, por que iria ficar? Assinei a rescisão e fui embora“, adicionou Maicon.

O ex-camisa 8 também explicou o motivo de não ter exposto a situação na época, quando foi divulgada na imprensa uma suposta rescisão em comum acordo. “Eu falo o que eu acho. Não tenho rabo preso. Mas não quis externar em respeito aos companheiros e à torcida. Por mais que fosse ruim, euqueria que as pessoas entendessem que o Clube iria seguir e que os jogadores conseguiriam tirar o Grêmio daquela situação. Mas todos eles sabem o motivo e porque me mandaram embora“, completou.