Déficit e impacto nas finanças do clube
O Barcelona enfrenta uma crise financeira severa que atinge todas as áreas, incluindo o futebol feminino. Antes quase autossustentável, a modalidade agora sofre com um déficit estimado em 1 milhão de euros, cerca de R$ 6 milhões.
Para equilibrar as contas, o clube tem adotado medidas duras, como cortes salariais e a venda de jogadoras importantes. A situação preocupa dirigentes e torcedores que veem a estrutura em risco. Pela primeira vez, o futebol feminino do Barcelona passou a ser incluído no cálculo do fair play financeiro do clube, junto com o time masculino.
Isso aumenta a pressão para que o time feminino evite prejuízos, ao contrário de outras modalidades. Essa nova regra dificulta contratações e renovações, mesmo com estrelas como Alexia Putellas e Marta Torrejón já garantidas até 2026.
Saídas no time principal e renovação difícil
O elenco principal do Barcelona perdeu jogadoras relevantes nos últimos meses devido à crise. Ingrid Engen foi para o Olympique de Lyon, Ellie Roebuck para o Aston Villa, e Bruna Vilamala acertou com o Club América, no México.
A equipe também enfrenta obstáculos para renovar contratos, o que pode enfraquecer o grupo na próxima temporada, mesmo com a permanência de algumas peças-chave. Além do time principal, o Barcelona sofre com a saída de jovens promessas do time B.
Jogadoras como Judit Pujols e Onyeka Gamero trocaram a equipe por times europeus e americanos, de ligas mais competitivas e financeiramente mais atrativas. Essa evasão de talentos compromete a base do clube e traz desafios para a reposição de futuras estrelas.
Consequências para o futuro do futebol feminino
O momento delicado exige do Barcelona ajustes urgentes para garantir a estabilidade do futebol feminino. A pressão financeira e as perdas podem enfraquecer a competitividade da equipe em torneios nacionais e internacionais. O clube terá que equilibrar austeridade e investimentos para manter o alto nível e continuar como referência mundial na modalidade.