Campeão mundial dos 400 metros com barreiras, Alison dos Santos retornou ao Brasil para recomeçar os treinamentos visando as próximas etapas da Diamond League, de agosto. Em entrevista ao site Lance!, Piu admite gostar da pressão de ser o “homem a ser batido” em sua prova e revela metas antes de chegar aos Jogos de Paris 2024.

Piu fez história para o Brasil no Mundial de Atletismo
© Créditos: Ezra Shaw/Getty ImagesPiu fez história para o Brasil no Mundial de Atletismo

“Acho interessante essa pressão a mais por ser campeão mundial. Sempre gostei dessa pressão, me ajuda a melhorar. Ser o cara a ser batido me motiva ainda mais pra treinar mais e evoluir ainda mais. Não posso perder o foco, me abalar e bobear. Não posso fazer tudo que eu quero porque a temporada não acabou. Tenho mais competições para ganhar. A vitória não é um fardo para carregar. É uma pressão que me incentiva a competir. Se hoje eu sou o cara a ser batido é sinal de que estou no caminho certo”, reflete Alison.

Alison comemorando o título mundial em Eugene, nos Estados Unidos.
Créditos: Hannah Peters/Getty Images

No Mundial, Alison acumulou marcas inéditas para o Brasil. Ele se tornou o primeiro homem brasileiro medalhista de ouro em Mundiais da atletismo. Ao registrar46s29, elealcançou o terceiro melhor tempo da história, tornando-se o recordista dos 400m com barreiras do Campeonato Mundial. Na prova, ele superou o recordista mundial, o norueguêsKarstem Warholm, e o norte-americanoRai Benjamin – os doistêm as duas melhores marcas de todos os tempos na categoria.

Pensando nos Jogos de Paris 2024, Alison quer chegar nas Olimpíadas sendo o recordista, além de bicampeão mundial – em 2023, ocorre outro Mundial. “Realmente, a gente está mostrando nos treinos e nas pistas com os resultados que não é questão de “se”, mas quando vou ter a oportunidade de quebrar esse recorde. É um dos meus sonhos. Quero concretizar isso e ter meu nome entre os maiores da história. Quero chegar em Paris como bicampeão mundial e com o recorde”, conta.