Nos últimos anos, o São Paulo tem vivenciado indefinições, insatisfações e até mesmo drama em relação aos seus recentes goleiros. O revezamento na posição chama atenção, dando indícios de que nenhum arqueiro contratado deu conta de conquista seu espaço com segurança. Foi assim com Jandrei e Felipe Alves e a chegada de Rafael coloca mais pressão para a disputa da titularidade.

Foto Reprodução  - SPFC PLAY
Foto Reprodução - SPFC PLAY

Entretanto, para uma verdadeira lenda viva da história Tricolor, o desempenho dos goleiros, constantemente em xeque no Morumbi, tem explicação. Zetti concedeu entrevista para o portal Gazeta Esportiva e apontou os motivos que impedem a aprovação dos arqueiros: “Substituir esses grandes ídolos, desde 1975 com Waldir Peres a 1985, depois Gilmar, que ficou até 1990, eu que entrei e fiquei até 1996, depois Rogério Ceni com uma história fantástica. Qualquer goleiro que chegue ao São Paulo vai sofrer, ter essa cobrança, essa comparação”, disse Zetti.

A desconfiança começou a pairar assim que Rogério Ceni se aposentou dos gramados. Junto a aposentadoria do M1to, o Tricolor passou a ter problemas para achar um goleiro que agradasse. No momento, a situação se agravou, pois os problemas financeiros limitaram a ação do São Paulo no mercado. Para Zetti, ser goleiro do São Paulo puxa uma responsabilidade única, mas o Bicampeão Mundial pelo Soberano avalia que o Clube está no caminho com o que tem em mãos:  “Goleiro do São Paulo tem que fazer milagre de vez em quando, mas o time também tem que estar próximo de buscar títulos. O São Paulo precisa de títulos, e os goleiros que estão no São Paulo hoje têm condições de ter uma boa participação”.

Zetti desempenha uma missão importante no Morumbi, a de formar goleiros na base Tricolor. Para realizar a tarefa, um objetivo específico foi destacado e o ex-jogador explica: “Eu trabalho com os goleiros na base há dois anos e vamos ver se conseguimos formar alguém. Na história do São Paulo não tem um goleiro que jogou na Seleção, nasceu no São Paulo, ganhou títulos expressivos. É um grande desafio estar trabalhando no São Paulo hoje”, concluiu.