OPINIÃO: Abel está de ‘de saco cheio’ do Palmeiras e do Brasil, mas tem memória fraca, muita energia para reclamar e um alto prestígio, só não tão alto quanto seu salário

Quanta ingratidão…

A recente expressão de insatisfação de Abel Ferreira em relação ao futebol brasileiro tem gerado preocupações no Palmeiras, levantando a possibilidade de uma saída antecipada do treinador.

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O técnico não hesitou em manifestar seu desagrado, especialmente em relação à sobrecarga de jogos durante as datas FIFA.

O incômodo de Ferreira se concentra em vários comentários, e um deles foi na sequência exaustiva de oito partidas consecutivas, com períodos de descanso reduzidos a dois ou três dias, o que ele classifica como uma vergonha e uma prática insana para todos os envolvidos.

No entanto, algumas vozes discordantes destacam a posição privilegiada de Abel Ferreira, que desfruta de sucesso e um salário substancial no Palmeiras. Ademais, ao aceitar o cargo, o treinador estava ciente da intensidade do calendário e dos desafios inerentes ao futebol brasileiro.

Quanta soberba.

Enquanto as críticas são válidas, é importante ressaltar que o Palmeiras oferece um ambiente de destaque e recompensas financeiras significativas, fatores que contribuem para o reconhecimento e a estabilidade do treinador.

“Mesmo, estou de saco cheio mesmo. Tenho que esperar para ver (se pode sair antes do fim do contrato)”, foi umas das declarações de Abel, nesse mês de novembro, além de já ter criticado o “jeito do futebol brasileiro”.

Abel Ferreira tecnico do Palmeiras durante partida contra o Boca Juniors no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Libertadores 2023. Marcello Zambrana/AGIF

Tanta revolta com o nosso futebol e o desejo de cair fora, faz questionar se o treinador português teria tanto prestígio, ou um salário rechonchudo, em outro lugar, como tem aqui. Dos 7 títulos que Abel tem como treinador, 6 foram graças ao futebol brasileiro. Dos 10 prêmios individuais que ganhou como técnico, 10 são prêmios brasileiros. Todo seu reconhecimento e carreira como treinador, está aqui, no Brasil.

“Sou europeu, não sou brasileiro, sinto em lhes afirmar isso. Eu não sou da escola do Brasil”, disse o treinador após vencer o Inter no dia 12, ao se referir a ‘frieza’ e ‘seriedade’ em suas escolhas. A declaração dá a entender que no Brasil, as coisas funcionam diferente de seu agrado.

Talvez todas as reclamações do técnico lusitano sejam só visões tortas sobre o que é Brasil e o que é Europa. E são as mesmas reclamações, de lusitanos para brasileiros, desde que o mundo é mundo.

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Caso Abel saia do Palmeiras, que ele encontre um time que o atenda mais que o Palmeiras, e que dê mais prestígio que o futebol brasileiro, e quem sabe, um clube que deixe ele descansar mais. Talvez, na Europa, já que o mesmo se enche para reforçar que é europeu. Quem sabe lá, ele se sinta mais acolhido e reclame menos.

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