O primeiro gol do 7 a 1 foi combinado com apenas três jogadores, revela analista da Alemanha

Stephan Nopp revela trabalho que ajudou em 2014

Uma goleada histórica, planejada muito antes do apito inicial no Mineirão. Exatamente dez anos atrás, a Alemanha humilhou o Brasil na semifinal da Copa do Mundo de 2014, com um resultado que se tornou icônico, o famoso 7 a 1.

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Nem é preciso explicar mais para entender de qual partida se trata. Stephan Nopp, um dos analistas de desempenho da seleção alemã naquele Mundial revelou algo interessante.

“Nós mostramos aos jogadores onde estavam os espaços, e como nós podíamos jogar com o adversário para abrir esses espaços. A seleção brasileira se dividia em duas partes, e especialmente o meio do campo era a chave para a gente explorar.”, afirmou Nopp em entrevista ao ge.

Fatídico 7 x 1 da Alemanha sobre o Brasil

Sem Neymar, que sofreu uma grave contusão na coluna contra a Colômbia nas quartas de final. E Thiago Silva, suspenso pelo segundo cartão amarelo na vitória por 2 a 1 sobre os colombianos o Brasil enfrentou a Alemanha com uma escalação inédita na Copa. Embora a torcida esperasse um confronto difícil entre duas das maiores potências do futebol mundial, ninguém, nem mesmo os alemães, imaginava que o jogo estaria praticamente decidido em 30 minutos.

O primeiro chute a gol foi brasileiro, com Marcelo, mas o goleiro Manuel Neuer defendeu bem. A Alemanha abriu o placar com Thomas Müller aos 11 minutos, e o Brasil começou a enfrentar dificuldades para se organizar ofensivamente. Então, em um intervalo de apenas seis minutos, os alemães marcaram quatro gols. Contra uma seleção brasileira cada vez mais desnorteada: Miroslav Klose aos 23, Toni Kroos aos 24 e 26, e Sami Khedira aos 29.

Perdido em campo, o Brasil não conseguiu chutar a gol novamente até o intervalo. No segundo tempo, quase protocolar, André Schürrle marcou mais dois gols para a Alemanha, aos 24 e 34 minutos, e Oscar fez, aos 45, o gol que deu ao confronto histórico seu placar, o definitivo: 7 a 1.

Stephan Nopp trabalha na Alemanha desde 2011

Stephan Nopp, de 44 anos, é formado pela Universidade do Esporte de Colônia, localizada no oeste da Alemanha. O país, tetracampeão mundial, é um dos pioneiros na utilização de informações acadêmicas como ferramentas para aprimorar o desempenho esportivo.

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Ainda estudante, Nopp fez parte de uma força-tarefa que auxiliava a equipe de analistas da Federação Alemã de Futebol (DFB) durante a Copa do Mundo de 2006. Cinco anos depois, foi contratado pela federação e, até hoje, é um dos três principais analistas da seleção alemã.

No Brasil, Nopp testemunhou de perto a consagração do futebol alemão e o impacto do trabalho meticuloso dos analistas da DFB.