O clima no Flamengo parece tão pesado que qualquer fato que acontece no dia a dia no Ninho do Urubu toma uma proporção gigantesca. Foi o caso da última terça-feira (08), quando houve um churrasco entre os jogadores e a comissão técnica de Rogério Ceni para confirmar a união do grupo em prol do título brasileiro, como informou em primeira mão a jornalista Raísa Simplicio, do portal Goal.
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É exagero cravar que a maior parte da Nação reprovou a atitude, até pelo tamanho da imensa torcida rubro-negra, porém é inegável que houve quem se incomodasse com o clima festivo, especialmente após eliminações traumáticas na Copa do Brasil e na Libertadores. Nesta quarta (09), o lateral-esquerdo Filipe Luís foi o escolhido para a entrevista coletiva virtual com os jornalistas e fez questão de tocar no assunto.
Para o ala, é curioso que o churrasco tenha virado manchete para um lado negativo, já que a atitude era comum todos os meses na era Jorge Jesus. “Engraçado isso ser notícia”, ironizou. “É um almoço que a gente faz todos os meses. Antes de Rafinha já fazíamos. Todos os jogadores, diretores, comissão técnica, tem esse almoço em conjunto para que a gente possa se conhecer mais”, explicou Filipe.
O experiente lateral de 34 anos é um dos líderes do plantel que defendem Ceni no comando, mesmo com o peso de duas eliminações. Segundo Filipe, é hora de se desapegar de Jorge Jesus, pois todos sabiam que o período posterior a sua saída seria muito complicado, seja qual fosse o treinador definido pela diretoria.
“A etapa do Jorge Jesus acabou. A partir do momento que ele decidiu voltar para Portugal, acabou. Triste, pois ele era um pai, um gestor de clube. A decisão foi traumatizante. Não importa quem viesse, seja Mourinho, Simeone… Qualquer mudança, mínima que fosse, ela seria muito questionada”, avaliou o camisa 16.
Em terceiro lugar no Brasileirão, o Flamengo está a cinco pontos do líder São Paulo (47 a 42), sendo que o time paulista faz o último jogo atrasado, logo, mais, contra o Botafogo no Morumbi. Filipe enfatiza que o grupo se cobrou – juntamente com Ceni – para ir atrás da última taça possível na temporada.
“O protesto da torcida é saudável, faz com que a gente não relaxe. O que existe nesse grupo é o compromisso máximo de todos os jogadores. Nos reunimos, todo mundo falou, todo mundo expôs, tentamos falar com jogadores que não estejam rendendo do que se espera. Vamos ter compromisso de lutar pelo Brasileiro”, concluiu o lateral-esquerdo, que deve estar em campo no próximo domingo (13) contra o Santos