O chocolate pode deixar de existir até 2050. Um artigo de Erin Brodwin para o portal de notícias “Business Insider” impactou com a seguinte manchete: “O chocolate está a caminho de ser extinto em 40 anos”. O motivo da devastação no mundodo doce seria o desaparecimento dos cacaueiros, as árvores de cacau, que pode acontecer na metade deste século. Isso porque as mudanças climáticas provavelmente afetarão a produção de cacau no mundo e sem cacau, adeus chocolate.
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Atualmente, Costa do Marfim, Gana e a Indonésia são os principais produtores de chocolate. Mas, os dois países da África Ocidental geram mais da metade do produto do mundo, isso torna o suprimento mundial de chocolate mais vulnerável ainda a qualquer pequena mudança no clima. Relatórios intergovernamentais apontam que esses países devem sofrer com um aumento de 2,1 °C na temperatura até 2050. Parece pouco, mas é o suficiente para fazer com que uma planta tão exigente quanto o cacaueiro deixe de dar frutos.
Reprodução/Pixabay
De acordo com o jornal Daily Mail, são essenciais 10 cacaueiros para dar conta das 286 barras de chocolate consumidas em média por ano por um consumidor comum no ocidente. Dessa forma, o consumo acelerado contribui para o recrudescimento das chances de extinção da planta. Os fungos também podem induzir um crescimento inesperado para o habitat natural dos cacaueiros para que os seus tecidos sejam comidos. Dentre os principais fungos que mais atacam essas árvores estão: “vassoura de bruxa” e o “mal do facão”.
Preocupada com o futuro, a empresa Mars, dona de produtos como o chocolate Snickers e o M&Ms, é a principal companhia do setor de doces e uma das financiadoras de um estudo científico na Universidade da Califórnia para desenvolver sementes de cacaueiro capazes de se adaptar às variações de temperaturas e ao clima mais seco previsto para o futuro. Já no Brasil, os produtores estão focados em fortalecer o comércio de um velho conhecido no Norte e Nordeste do país: cupulate. O cupulate é feito a partir do cupuaçu, uma fruta tipicamente amazônica e do mesmo gênero do cacau. Mais macio e cítrico, em comparação com o chocolate, o doce pode se tornar mais famoso e consumido nos próximos anos.