Leila e o histórico de presidentes na Seleção

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, chamou Leila Pereira, presidente do Palmeiras, para assistir ao jogo da Seleção Brasileira contra o Peru, nesta terça-feira (15), às 21h45 no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Esse convite faz parte de uma tradição que reforça as relações entre a entidade e os clubes brasileiros.

Leila Pereira, presidente foi convidada novamente pela CBF para assistir jogo da Seleção Brasileira e desta vez, contra o Peru – Eliminatórias da Copa do Mundo 2026
© Thiago RibeiroLeila Pereira, presidente foi convidada novamente pela CBF para assistir jogo da Seleção Brasileira e desta vez, contra o Peru – Eliminatórias da Copa do Mundo 2026

Leila aceitou o convite e chegará à capital federal nas próximas horas. Vale destacar que, na semana passada, a Seleção Brasileira disputou o CT do Palmeiras para seus treinos, após uma polêmica envolvendo a mudança de dados da Copa do Brasil-2024, que afetou o Corinthians. Essa proximidade entre a CBF e o Palmeiras reforça a influência crescente da dirigente no futebol nacional.

A escolha de Leila Pereira para esse papel não é apenas simbólica. Historicamente, a CBF convida presidentes de clubes para ocupar a função de chefe da delegação durante compromissos importantes, como as Eliminatórias Sul-Americanas. O presidente do Esporte, Yuri Romão, foi o escolhido para essa rodada.

O papel do chefe de delegação

O chefe de delegação desempenha um papel significativo, que vai além do simbólico. Sua responsabilidade inclui acompanhar os treinos e representar a CBF em reuniões com outros dirigentes, além de estreitar relações que podem ser politicamente vantajosas.

Esta carga tem sido uma forma de reconhecimento e agrado por parte da CBF, garantindo que figuras influentes no futebol estejam conectadas com a Seleção. Esse tipo de conexão pode estreitar laços entre a entidade e os clubes e facilitar possíveis transações futuras pela janela de transferência.

No passado, diversos presidentes de clubes assumiram essa função, como Andrés Sanchez (ex-presidente do Corinthians) e Mustafá Contursi (ex-presidente do Palmeiras). Essas restrições servem para solidificar laços entre a CBF e os clubes, essenciais para a dinâmica do futebol brasileiro.

Retrospecto dos chefes de delegação da Seleção

Em junho de 2024, o presidente do São Paulo, Julio Casares, foi nomeado chefe de delegação da Seleção na Copa América, marcando a participação do clube em uma competição internacional. Sua experiência reflete a importância dessa carga, que tem sido ocupada por presidentes de clubes nos últimos anos.

Vale lembrar que, Leila Pereira presidente do Palmeiras, foi convocada por Dorival Jr, para ser chefe de delegação também nos amistosos contra a Inglaterra e a Espanha, na Copa América no final do mês de março. E agora, ela se junta novamente a Canarinho para prestigiar o Brasil em busca de uma vaga na Copa do Mundo 2026.

O papel de chefe de delegação na Copa do Mundo também tem uma longa história. Em 2022, Ednaldo Rodrigues foi o primeiro presidente da CBF a chefiar uma delegação em 40 anos, desde Giulite Coutinho em 1982.

Essa mudança representa um retorno à tradição e uma busca por um maior envolvimento da CBF com os clubes. Historicamente, a função tem sido ocupada por diferentes dirigentes, a lista inclui Rogério Caboclo em 2018 e Vilson Ribeiro de Andrade em 2014.

Na última vez em que o Brasil conquistou o título mundial, em 2002, o chefe de delegação foi Weber Magalhães, destacando-se a relevância dessa posição em momentos de grande importância para a Seleção.