A passagem de Wendell pelo São Paulo em 2025 ficou longe de cumprir o roteiro imaginado no momento da contratação. O lateral-esquerdo desembarcou no Morumbis com currículo europeu, bagagem internacional e a missão de dar estabilidade a um setor que há anos gera dúvidas no elenco tricolor.
Expectativa frustrada
Desde o início, Wendell não conseguiu se estabelecer como dono da posição. A oscilação foi uma marca constante, com atuações corretas em alguns jogos e queda de rendimento em outros, sem nunca alcançar a regularidade necessária para se tornar incontestável.
Esse cenário abriu espaço para a concorrência e fez Enzo Díaz ganhar minutos no tricolor pela consistência defensiva e pela maior confiança passada à comissão técnica.
Mesmo quando esteve disponível fisicamente, a contribuição ofensiva ficou aquém do esperado. Conhecido no futebol europeu pela capacidade de apoiar o ataque, Wendell encerrou o ano com apenas duas assistências em 25 partidas, números tímidos para quem chegou como solução imediata para o lado esquerdo do campo.
Retorno só em 2026
O capítulo final da temporada reforçou o tom de decepção. Em outubro, uma lesão na fáscia plantar, sofrida contra o Grêmio, interrompeu sua participação no Brasileirão e antecipou o fim do seu ano esportivo. O retorno ficou projetado apenas para 2026, deixando a sensação de que a sequência necessária para uma virada nunca chegou a acontecer.
Com isso, Wendell terminou 2025 como um dos símbolos do descompasso entre expectativa e entrega no São Paulo. Sem gols, com participação limitada e afetado por problemas físicos, o lateral fecha a temporada sob questionamentos, em meio a um cenário de cobranças que se espalhou pelo clube ao longo do ano.