Top-1 no quesito “carinho”:

Um dos nomes que passaram pelo Santos mas que ainda gera assunto entre os torcedores é Arouca, que ficou um longo tempo vestindo as cores, mas acabou saindo de uma forma que muitos até hoje não entendem.

Santos foi onde Arouca mais se identificou.
© AGIFSantos foi onde Arouca mais se identificou.

Durante entrevista ao Globo Esporte, o ex-jogador, que foi revelado pelo Fluminense e coleciona passagens por grandes do Brasil, não hesitou em apontar que tem mais carinho pelo Peixe, mesmo que tenha se despedido em litígio.

“Eu tenho carinho e respeito por todos que eu passei, carinho e respeito. Mas tem uma identificação maior pelo Santos, que eu fiquei muito tempo. Foram cinco anos, com seis títulos. Nos três primeiros anos foi o tricampeonato do Paulista, 2010, 2011 e 2012, a Libertadores de 2011, a Copa do Brasil de 2010, a Recopa Sul-Americana de 2012″, iniciou.

E foi o clube que eu mais joguei, tive mais partidas, e também o Fluminense, que foi o clube que me revelou, joguei desde os 13 anos até o profissional. Também conquistei o Campeonato Carioca de 2005, a Copa do Brasil de 2007 também. Então são dois clubes que tenho um carinho a mais. Não que eu não tenha carinho pelos outros, tenho carinho e respeito pelo Palmeiras, Figueirense, Vitória, até o São Paulo onde eu fiquei um ano só”, disse o ex-volante.

Saída polêmica e detalhes:

Acredito que sim, foi no Santos (melhor fase da carreira). Foi onde eu cheguei e realizei meu sonho de chegar na seleção principal. Eu queria muito por já ter passado por todas as categorias de base, sub-13, sub-15, sub-17. Fui campeão mundial sub-17 pela Seleção, disputei Mundial sub-20 também, ficamos em terceiro lugar. A seleção principal é o ápice do jogador, então, por ter conseguido chegar no Santos, sem dúvida, acredito que foi o meu melhor momento, salientou, explicando os motivos de sua saída “pela porta dos fundos”

Os torcedores às vezes não entendem, só veem o lado do clube, mas eu não queria ter saído daquele jeito do Santos. Até pelo carinho que eu tenho, a gratidão que eu tenho pelo clube é gigantesca, por tudo que me proporcionou. Só que os bastidores ninguém observa porque eu e o meu falecido empresário a gente tentou por várias vezes conversar”, revelou.

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Estava naquela mudança de gestão, só que a forma que eles trataram a minha situação nos deixou muito chateado. Já estava completando cinco anos de clube, eu não era aquele cara de polêmica, de bagunça, me cuidava, essas coisas todas. A maneira que foi tratada a nossa situação que nos deixou muito chateados a chegar ao ponto de sair da forma que saímos, explicou Arouca.

Houve tentativa de resolver pacificamente?

Tentamos de todas as formas o diálogo, mas recusavam, não queriam nem nos escutar, não chamavam a gente pra conversar, pra explicar. “Olha, o clube está passando por uma situação, espera um pouco, a gente vai resolver a situação.” Tinha muitas coisas que eles estavam em falta comigo e com meu empresário. Era salário, luvas, FGTS, era tudo, entendeu?”, disse.

As contas não param de chegar e eu precisava tomar uma decisão. Eu falava: poxa, a gente quer conversar, quer saber o que está acontecendo, vocês vão resolver daqui a um tempo? Mas eles falavam ‘não, depois a gente conversa, depois a gente conversa’. Foram várias tentativas”, finalizou o ex-atleta.