Ao todo, o Brasil convocou 302 atletas para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, dentre os quais 242 são bolsistas do programa Bolsa Atleta. Se considerarmos a quantidade de modalidades nas quais o país contou e ainda conta com representantes (33, ao total), dado o andamento das competições e decorrentes eliminações,18 delas foram “viabilizadas” nesta edição do evento graças à iniciativa.

Delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Sochi, em 2014. (Foto: Getty Images)
Delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Sochi, em 2014. (Foto: Getty Images)

O Bolsa Atleta foi criado em 2005, pelo governo brasileiro, e é um dos principais programas de patrocínio individual de atletas do mundo. 18 das 33 modalidades em que o Brasil conseguiu ser representado nas Olimpíadas de Tóquio foram “viabilizadas” na edição do evento esportivo graças ao programa, que permite atletas de alto rendimento terem renda e poderem se dedicar 100% à rotina de treinos.

Conforme informações da Agência Brasil, que apurou os dados, da delegação brasileira, são contempladas com o Bolsa Atleta seis esportistas do tênis de mesa; oito do vôlei de praia; quatro dos saltos ornamentais; cinco do ciclismo (levando em conta mountain bike e BMX); sete da ginástica artística; e três, taekwondo. Já no atletismo, 48 dos 51 esportistas fazem parte do programa e, dos 26 atletas da natação, 25 integram o Bolsa Atleta.

Jaqueline Mourão, ciclista do mountain bike que representou o Brasil nesta terça (27), mais cedo, na prova de cross-country e que ficou com a 35ª colocação, é um exemplo das contempladas com o programa de patrocínio esportivo. Aos 45 anos, ela participou de sua sétima olimpíada e também é uma das esportistas que recebe o Bolsa Atleta há mais tempo no país. Segundo ela, o benefício tem sido fundamental para sua dedicação esportiva. “É a base que a gente tem, a segurança que eu tenho pra poder continuar me dedicando ao meu esporte. Sem esse incentivo, eu não teria conseguido minhas sete participações olímpicas”, pontua a ciclista.

Neste ano, às vésperas das Olimpíadas de Tóquio, foi anunciada uma ampliação do programa, para aumentar principalmente a contemplação de atletas de base, e na missão olímpica brasileira, ao menos no skate, foram investidos cerca de R$ 3,2 milhões de reais, conforme publicou o Lance!.

Entretanto, nem todos da equipe de skate street receberam o benefício do programa de patrocínio esportivo, ainda de acordo com o Lance!, como é o caso da medalhista de prata Rayssa Leal. Ela, devido à idade (13 anos), ficou de fora dos pagamentos, já que por regra do governo brasileiro é preciso ter, no mínimo, 14 anos completos para ser contemplado com a verba.

*Com informações da Agência Brasil.