Presidente do Flamengo defende elenco sem máscara na foto: "Na hora, prendo a respiração e depois coloco"

A passagem do Flamengo no Equador trouxe muita dor de cabeça para a diretoria Rubro-Negra. Além de uma vexatória derrota para o Independiente Del Valle, na última quinta-feira (17), por 5 a 0, o Mais Querido retornou ao Brasil com 16 atletas infectados, situação que fez com que a alta cúpula da equipe carioca pedisse para que a CBF adiasse as partidas contra o Palmeiras e o Athletico. Até o momento, a instituição negou o pedido, mas os dirigentes acreditam que possam conseguir anular a decisão da entidade no STJD.

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O assunto ganhou tanta repercussão que o presidente Rodolfo Landim participou do programa Seleção Sportv desta sexta-feira (25), onde comentou sobre o surto de Covid na delegação que foi para o Equador e o desejo do clube adiar o jogo com o Palmeiras. Durante o bate-papo, o mandatário detonou o protocolo usado pela Conmebol e afirmou que pediu o adiamento dos jogos, especialmente contra o Palmeiras, não pelo número reduzido de jogadores, mas sim de risco alto de contágio.

“Achamos absurdo. Foram muitas pessoas. Coloco em xeque o tratamento que o Flamengo tem. Foi uma coisa excepcional. O protocolo da Conmebol testa dias antes, aumenta o risco. A janela de tempo é muito maior. Você já pode ter jogadores infectados e viajar. Por isso que levamos testes rápidos também. Dessa vez foram dois jogos seguidos no Equador. Quase impossível voltar. Tivemos que nos adaptar ao um ambiente que não era nosso CT. Os protocolos do Flamengo são seguros. O risco é maior na Libertadores do que no Brasileiro”.

“A discussão para mim não é o número de jogadores. É o período da janela de infecção. Consultamos infectologistas que nos disseram que a carga viral foi absurda dentro do grupo. Alguns podem ter contraído no último momento, no avião, e é necessário cinco dias para dar um positivo ou não. Vamos deixar um monte de gente possivelmente contaminada jogando?”, argumentou Landim.

Por fim, o presidente foi questionado sobre uma foto divulgada pelo clube, em que os jogadores posaram aglomerados, sem máscara. Para ele, há coisas que não são possíveis controlar a todo momento. “É óbvio que, na hora de tirar uma foto, você não fica de máscara. Eu não tiro foto com máscara. Quando vou tirar uma foto, tiro a máscara, prendo a respiração e tiro a foto. Isso acontece com todo mundo. Vamos relevar isso aí. Os jogadores jogam sem máscara, é difícil de conter, é coisa natural. Eles se cumprimentam, se abraçam”, completou.