Keno foi o escolhido pelo Atlético para conceder entrevista coletiva nesta quinta-feira (06), antevéspera da partida de volta contra a Tombense pela semifinal do Campeonato Mineiro. O camisa 11, é bem verdade, ainda não conseguiu deslanchar em 2021 e está bem distante daquele atacante super decisivo sob o comando de Jorge Sampaoli na última temporada.

Pedro Vilela/Getty Images Brasil
© 2020 Getty Images, Getty Images South AmericaPedro Vilela/Getty Images Brasil

Com todas as letras, Keno admitiu que está devendo, mas em muito por causa da nova formatação do time do Atlético, que recebeu reforços de peso como Nacho Fernández e Hulk. O atacante tem se sacrificado no esquema de Cuca, o que ele trouxe à tona para os jornalistas. Ele tem dado mais atenção à linha de marcação, o que tem causado mais cansaço do que o normal nas partidas.

“Sinto sim (que estou devendo). Eu me cobro muito, isso é questão de tempo. Isso não vai me abalar porque sei da minha qualidade. Então, espero melhorar, posso não estar fazendo gols, mas me entrego dentro de campo, faço meu melhor, isso é o que mais importa”, começou Keno a sua análise.

Ele faz questão de citar um desgaste maior ao ajudar na marcação. Muitas vezes, Keno chega cansado para finalizar as jogadas, o que lhe fez optar por uma assistência aos companheiros.

Cuca vem cobrando mais da parte defensiva de Keno no Atlético em 2021 (Foto: Fernando Moreno/AGIF)

“São diferentes as formações de Sampaoli e Cuca. Sampaoli jogava mais no ataque, a gente corria pouco para trás. E no esquema do Cuca é mais cada um com o seu e tem que ir até a morte. Ele (Cuca) manda fazer, tem que fazer, porque é o estilo de jogo dele. Isso é questão de tempo para a gente se adaptar. A gente acaba cansando quando chega na frente para fazer o gol. Mas isso aí, a gente vai ter que se adaptar”, completou o camisa 11, deixando claro que não se sente tão à vontade no esquema do treinador.

O atacante, com quem trabalhou com Cuca no Palmeiras,descarta ter uma conversa reservada com o treinador para discutir seu posicionamento em campo. Keno fez questão de ressaltar que não há problemas internos sobre sua função pelo Atlético.

Camisa 11 do Galo vem marcando mais na linha defensiva sob o comando de Cuca (Alexandre Schneider/Getty Images Brasil)

“Eu não sou muito de conversar com o treinador. Já trabalhei com ele, no Palmeiras. Não tive essa oportunidade de conversar sobre isso. Se é para correr por seu companheiro, para ajudar sua equipe, você tem que fazer. Então, se ele quer que eu faça isso, eu vou fazer. Se ele achar que não estou fazendo, ele vai colocar outro. Tem que se se sacrificar pelo clube, pelos seus companheiros”, concluiu Keno.

O atacante disputou nove jogos nesta temporada e marcou um gol. Em 2020,ele vestiu a camisa do Atlético em 38 ocasiões e balançou as redes 11 vezes.