Os planos da dupla Alexandre Mattos e Jorge Sampaoli de transformar o Atlético-MG em um equipe forte, competitiva e pronta para bater de frente com Flamengo e Palmeiras podem ir por água abaixo nos próximos dias. Isso porque o presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, deve receber da Fifa outras notificações para que o Alvinegro faça o pagamento de alguns jogadores que o time mineiro adquiriu de outros clubes do futebol brasileiro e europeu.
Depois de pagar, na última segunda-feira (27), os 13 milhões que devia para Udinese graças a ajuda de investidores que apoiam o clube mineiro, o Atlético deve contar como respaldo dos parceiros novamente até outubro, prazo máximo para quitar a ação relativa à compra do lateral-esquerdo Douglas Santos (também da Udinese) na Fifa. Além disso, o Galo enfrentará também, em breve, trâmites junto à Justiça do Trabalhopara liquidar parcelamentos atrasados de vários atletas ex-jogadores, como Jô, Daniel Carvalho, Gilberto Silva, Richarlyson, Josué, Adílson e até Ronaldinho Gaúcho. Isso sem contar demais ex-funcionários do clube.
De acordo com informações do jornalista Lucas Tanaka, que cobre o dia a dia do Galo, o Atlético também tem dívidas com os clubes de origem de outros atletas que já vestiram a camisa do Alvinegro ou fazem parte do elenco atual temporada. São eles: Chará (3 milhões de dólares ou R$ 16,4 milhões na cotação atual), Pratto (R$ 3,5 milhões), Otero (58 mil euros ou R$ 350 mil) e Cazares, em que o preço ainda é indefinido.
Caso o presidente Sérgio Sette Câmara não realize primeiramente o pagamento relativo à dívida de Douglas Santos até outubro, o Atlético corre o risco de perder três pontos no Campeonato Brasileiro. As outras ações estão em trâmite na Justiça e ainda não há prazo para a diretoria. Obviamente que existe, sim, chances de o Galo ter mais contas a pagar determinadas pela Fifa em 2020, o que praticamente tiraria a equipe de Jorge Sampaoli da briga pelo tão sonhado bicampeonato brasileiro.
o Atlético conseguirá arrumar dinheiro para pagar essas dívidas?
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Outro fator agravante é que todas essas notificações estão chegando no pior cenário da história do futebol brasileiro. Os clubes estão sem renda de TV, bilheteria e da CBF e podem entrar em colapso financeiro se as competições não voltarem nos próximos meses. Sem dinheiro em caixa, e com uma possibilidade de ser obrigado a pagar o que deve aos clubes por todos estes jogadores, o sonho de Alexandre Mattos e Sampaoli de trazer reforços de peso para o plantel pode ser postergado por um bom tempo.