Adaptação ao estilo de jogo de Tite

O Flamengo conta com um elenco recheado de ótimos jogadores, alguns até com status de craques. Administrar um grupo assim cheio de estrelas, nunca foi fácil para nenhum treinador que pisou na Gávea.

De La CRuz comemorando gol do Flamengo contra o Fluminense com Arrascaeta. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
© Thiago Ribeiro/AGIFDe La CRuz comemorando gol do Flamengo contra o Fluminense com Arrascaeta. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Sampaoli por exemplo, o último a assumir a equipe antes da chegada de Tite, não repetiu nenhuma escalação sequer no Mais Querido. Por mais que essa sempre fosse sua metodologia de trabalho, no Flamengo nunca tiveram os 11 iniciais garantidos.

Tite chegou no Flamengo como o treinador das duas últimas copas do mundo pela Seleção Brasileira, uma jogada de mestre da diretoria, que teria sob o comando do time um treinador para impor respeito e barrar quem quer que fosse.

Com o Gaúcho vieram alguns pedidos de contratações, e nomes que já estavam na pauta de contratação do Rubro-Negro, ganharam o aval de Tite, como a chegada do meio-campista De La Cruz.

De La Cruz se achou no Flamengo

O uruguaio já era velho conhecido de Arrascaeta, por conta de suas atuações na seleção Uruguaia. Após a chegada do jogador, era óbvio para a maioria da torcida que De La Cruz atuaria junto à Arrascaeta no meio-campo.

Porém, Tite sempre gostou de jogar apenas com um homem de armação, que neste caso seria Arrascaeta, e dois jogadores abertos, com um nome de referência na frente. Com essa formação, quem rodou em algumas partidas foi Luiz Araújo.

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De La Cruz jogou aberto direito, com Cebolinha pela esquerda e Arrasca centralizado. Porém, já era sabido no clube o poder de versatilidade de De La Cruz, muitas vezes, com o jogador fazendo a função de segundo volante no River Plate.

Em alguns jogos do Carioca, inclusive, De La Cruz vinha buscar a bola mais atrás com os defensores, com Gerson, o segundo volante, chegando mais a frente. Agora, após duas partidas atuando como segundo volante, não restam dúvidas que De La Cruz pode fazer a função com primor.

Gerson terá que recuperar posição

Com o desfalque de Gerson nas últimas partidas por conta de uma hidronefrose renal, Nico assumiu o posto de segundo homem do meio-campo com sucesso. O jogo com o Fluminense foi a consagração disso.

De La Cruz armou o jogo vindo de trás, deu suporte ao meio campo e ao ataque, iniciando um dos mais belos gols do Flamengo em 2024, após quebrar as linhas do Flu e passar para Arrasca, que tabelou com Pedro de letra, e a bola ficou com Cebolinha para finalizar ao gol.

Já não restam dúvidas que com De La Cruz as características do segundo volante em relação a Gerson se modificam: o uruguaio é mais veloz, chega melhor a frente e consegue impor maior intensidade do que o Coringa.

Com este cenário, é bem provável que após a recuperação de Gerson, que o camisa 8 do Flamengo espere um tempo no banco de reservas até receber uma nova oportunidade, pois com esse futebol e nesta posição, De La Cruz se achou no Flamengo.

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