O Flamengo desembarcou no Catar para disputar a Copa Intercontinental com a consciência de que o torneio pode influenciar diretamente o rumo do elenco em 2026. A diretoria rubro-negra observa o desempenho individual de vários jogadores, tanto aqueles cotados para sair quanto os que estão em processo de renovação. A competição, por ser mundialmente assistida, é vista como oportunidade para valorizações, viradas de chave e decisões estratégicas.

Entre os nomes mais observados está Nico de la Cruz, que entrou no radar dos negociáveis nas últimas semanas. Apesar de não ter vivido seu melhor ano, o meia é visto por Filipe Luís como peça útil em cenários específicos. Caso tenha desempenho de destaque no Intercontinental, pode fortalecer internamente sua permanência e recuperar espaço no planejamento. A competição servirá como termômetro para o uruguaio.
Outros jogadores também podem ganhar mercado se forem bem, especialmente se o Flamengo avançar e enfrentar o PSG. O Olympique de Marseille acompanha Carrascal, que já recebeu consultas e tem despertado atenção na Ligue 1. Léo Ortiz está no radar do Leipzig, que monitora defensores com perfil de construção. Léo Pereira continua sendo alvo de clubes como Galatasaray, Fenerbahçe e Olympiacos, enquanto Arrascaeta, mesmo consolidado, segue recebendo sondagens frequentes.
O torneio pode abrir portas até para jogadores fora dos planos
O Intercontinental também pode ser vitrine inesperada para atletas com futuro incerto. Um exemplo é Juninho, que entrou na final da Libertadores e chamou atenção pela coragem em um jogo de peso. Apesar de estar fora dos planos, uma boa participação num torneio mundial pode despertar interesse externo e facilitar uma saída considerada positiva para todas as partes. A diretoria vê esses cenários como possíveis “janelas de oportunidade” em dezembro.
Além das chances de venda, a competição também impacta discussões de renovação. O caso mais emblemático é o de Agustín Rossi, que tem conversas avançadas, mas nada assinado. O goleiro vive grande fase, tem sido um dos pilares da equipe e sabe que boa atuação em jogos internacionais aumenta seu poder de barganha. O Flamengo deseja manter o goleiro, mas reconhece que a valorização natural pode exigir ajustes no contrato.
O Intercontinental ainda serve de bússola para o planejamento das posições carentes. Um desempenho abaixo do esperado em setores específicos pode acelerar a busca por um zagueiro ou por um substituto para jogadores negociáveis. Já atuações sólidas podem esfriar necessidades urgentes e permitir que o clube invista mais estrategicamente na próxima janela.
Decisões serão tomadas logo após o torneio
A diretoria quer sair do Catar com um diagnóstico claro: quem fica, quem sai e quem pode ser negociado. O clube entende que a janela de janeiro exige agilidade e que o impacto do Intercontinental será determinante para definir prioridades. O desempenho coletivo e individual, aliado ao interesse do mercado europeu, vai moldar o desenho final do elenco que Filipe Luís terá em mãos para 2026.