Processo
A empresa KPMG, que prestou serviço de consultoria ao Corinthians entre maio de 2021 e o final de 2023, alega que recebeu calote e moveu uma ação contra o clube na Justiça no valor de R$ 1,5 milhão.
A dívida foi confessada pelo último presidente do clube, Duilio Monteiro Alves, por meio de um documento assinado no dia 30 de dezembro de 2023. Sem o pagamento, a KPMG quer a quantia em até três dias.
No processo que corre na Justiça, a KPMG anexou e-mails enviados a Rozallah Santoro e Roberto Gavioli, ambos ex-diretores financeiros do Corinthians. As informações foram publicadas pela ESPN.
Duílio se defende e culpa atual gestão
O clube contratou a KPMG em 2021, durante o primeiro ano da gestão Duilio, para traçar um plano de renegociar as dívidas e ajudar o Timão a se reestruturar financeiramente para sequência.
Duilio tem razão?
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A dívida bruta do Timão chegou a R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Duilio Monteiro Alves mandou uma nota para a imprensa e explicou a dívida com a KPMG com mais detalhes e atacou a atual gestão.
Segundo o ex-mandatário, a pendência era de conhecimento da atual gestão. A diretoria de Augusto Melo preferiu direcionar recursos do Corinthians para outras áreas, como contratações (R$ 130 milhões até aqui), do que arcar com a dívida, de acordo com Duílio.
Veja a nota oficial na íntegra:
“Sobre a notícia de que a KPMG entrou com um processo contra o Corinthians, a respeito de dívida renegociada por mim no fim do meu mandato, gostaria de esclarecer os seguintes pontos.
Existe um falso debate aqui. Fim de mandato também é mandato. Assim como assinei o contrato com a Ezze Seguros no último mês do meu mandato, para que as receitas ficassem à disposição do meu sucessor, assinei também renegociações. Só que elas não foram levadas a sério por quem preferiu gastar R$ 130 milhões no time que empatou ontem sem sequer separar R$ 1,5 milhão para uma empresa que foi fundamental no acordo que fizemos em 2022 com a Caixa. E pelo que vejo, tampouco tentaram acerto com os credores que mandaram mensagens e não tiveram resposta. Aí é um modelo de gestão que eles escolheram, o de deixar estourar na Justiça.
Relembro a todos que, durante a transição de gestão, a atual diretoria foi informada de tudo, inclusive pelos profissionais que permanecem nos departamentos jurídico e financeiro do Corinthians. Entre uma gestão e outra, o Corinthians fez uma transição elogiada pela própria diretoria atual e manteve a memória (inclusive eletrônica) de todas as suas obrigações. Só que eles parecem priorizar outros pagamentos. Aliás, está havendo investigação policial sobre isso.”