O Santos segue na luta para afastar o risco de entrar no Z-4 do Campeonato Brasileiro. A situação é complicada e remete ao tempo perdido na Vila Belmiro, que no início da temporada fez escolhas equivocadas quanto a gestão de seu futebol. Contudo, a chegada de Alexandre Gallo no cargo de coordenador mudou o ambienta do Clube e deu um novo norte para o Peixe sair da situação em que se encontra.
O trabalho de Gallo no Santos está completando dois meses e a maneira como ele encarou o desafio desde então, cativou a torcida do Alvinegro Praiano, que estava insatisfeita com a postura do antecessor, Paulo Roberto Falcão. A proatividade é o trunfo de Gallo e isso já está refletindo dentro de campo, pois o Peixe conta com três vitórias consecutivas, após derrubar um tabu de quatro anos sem vencer o Palmeiras. Entretanto, o profissional avaliou seu trabalho em uma longa entrevista publicada no portal Diário do Peixe.
“Eu acho que a primeira coisa é que eu nunca quis ser visto aqui apenas por ser um ex-atleta do clube ou um ex-treinador do clube, ou por ter sido campeão em 2004 com o clube. Estou aqui porque me preparei muito para isso, tenho uma história nessa função, já com o Atlético Mineiro e a Seleção Brasileira. Enfim, estudei muito para estar aqui. Esse momento foi talvez o mais difícil que a gente pode encontrar, mas as ações que estamos tomando no dia a dia, essa aproximação com a comissão técnica e com os atletas, tentando extrair o máximo deles, nos colocam no caminho certo”, iniciou o coordenador do Santástico.
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Gallo, no entanto, faz questão de manter os bastidores do Clube conectado com a realidade, para espantar vacilos: “Temos os pés no chão, pois ainda não conquistamos absolutamente nada. O Santos é muito grande para estarmos satisfeitos com este lugar ainda. Então, vamos com fé, vamos com calma e vamos seguir a nossa trilha, pois ainda temos muito pela frente. Estamos muito conscientes de que não saímos do sufoco, e devemos respeitar nossos adversários, mas o caminho é esse”.
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Sobre a situação do Santos, quando chegou e o método que precisou adotar, Gallo foi bastante transparente ao detalhar: “Primeiro, coloquei um pouco da minha experiência. Estou no futebol há 42 anos ininterruptos, mas acredito que o aspecto mais importante são as pessoas. Liderar é servir, e eu servi muito, aplicando toda minha expertise nesse assunto para os atletas. Tínhamos e ainda temos a confiança de que temos um time que não deveria estar na situação em que estamos. Portanto, uma série de ações do dia a dia está nos permitindo extrair o máximo dos atletas. Somos um suporte para a comissão técnica, que está trabalhando muito bem, e para os próprios atletas, que compartilham nossa ideia. Juntos, esperamos sair desse momento difícil sempre mantendo os pés no chão”.
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