Abel Ferreira está próximo de completar três anos à frente do Palmeiras. É, de longe, o técnico mais longevo do Brasil. Neste período, liderou o Verdão na conquista de sete títulos. São eles: duas Libertadores (2020 e 2021), dois Estaduais (2022 e 2023), uma Supercopa do Brasil (2023), uma Recopa Sul-Americana (2022) e uma Copa do Brasil (2020).
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A presidente Leila Pereira tem a tranquilidade de carregar o contrato mais seguro do Brasil, afinal Abel tem vínculo até o final de 2024 na Academia de Futebol e só sai mesmo se ‘pedir’. Até porque a mandatária já estuda uma extensão do vínculo por mais duas temporadas. Só que o técnico português é passível de críticas. Nas últimas semanas, ele tem irritado bastante setores da diretoria e do Conselho Deliberativo, apurou nossa reportagem.
O motivo é a insistência por peças em campo nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, em especial após a lesão de Dudu. O camisa 7 já operou o joelho e só voltará em meados de 2024. Com isso, Abel tem testado insistentemente Artur ‘invertido’. O camisa 14 é efetivo pela ponta direita, mas tem jogado improvisado no lado oposto por ordens do luso. Não deu certo e o atacante caiu muito de produção.
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Com Artur na direita, abriu-se uma vaga para o lado direito. Mesmo com Luis Guilherme, Kevin, Breno Lopes e até Endrick, Abel tem usado o lateral-direito Mayke improvisado. Consequentemente, o camisa 12 abriu espaço na ala para o retorno de Marcos Rocha, que não tem agradado. Especialmente na recomposição defensiva. A preocupação de parte considerável da diretoria é pôr o planejamento de 2023 em xeque, já que, na semana que vem, o time encara o Boca Juniors na La Bombonera pela partida de ida da semifinal da Libertadores.
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Obviamente que as críticas dos dirigentes não colocam o futuro de Abel em risco no Palmeiras. Mas é fato que a sua ‘teimosia’, apontada por uma fonte ligada ao Conselho, pode atrapalhar o Palmeiras no principal objetivo da temporada.
