O Talibã assumiu o poder no Afeganistão há menos de uma semana, mas as cenas terror e o desespero da população já se espalharam pelo mundo. Com ascensão do grupo ao poder, os avanços na conquista pelos direitos da mulher no país cessão e elas podem voltar a estaca zero, sem representatividade e completamente anuladas. Com isso Samira Asghari, representante do Comitê Olímpico Internacional fez um apelo nas redes sociais pedindo ajuda para retirar as atletas mulheres do país.
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“Por favor, as atletas femininas, as treinadoras e sua comitiva precisam de sua ajuda. Devemos tirá-las das mãos do Talibã, sair do Afeganistão, em particular Cabul. Por favor, façam algo antes que seja tarde demais.”, implorou Samira.
No post ela marcou as contas do diplomata dos Estados Unidos Ross Wilson, da equipe americana de basquete 3×3 e do Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos. Em outra publicação Samira diz que espera ver o país livre. “Infelizmente, o Afeganistão não é minha pátria! Eu carrego esse sentimento com o coração partido e com dor, mas tenho orgulho de fazer o meu melhor com o povo e a juventude de meu país, na esperança de construir uma pátria longe dos pensamentos do Talibanismo.”
No inicio da semana, o Comitê Paralímpico do Afeganistão informou que não participaria dos jogos em Tóquio, porque a equipe não conseguiu embarcar devido o caos instalado, principalmente do aeroporto de Cabul. A Paralimpíada em Tóquio seria marcada para o Afeganistão como a primeira com uma representante feminina, Zakia Khudadadi seria a primeira mulher a representar o país nos jogos.
A jovem atleta de 23 anos também chegou a fazer um apelo para participar dos jogos, mas não foi atendida, ela disputaria as provas do taekwondo. “Sou uma mulher afegã e, como representante das mulheres afegãs, peço que me ajudem. Minha intenção é participar dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020. Por favor, segure minha mão e me ajude”, pediu.