Às vésperas do evento que tem como lema “Espirito em Movimento”, a esperança de uma representação histórica foi aprisionada por mais uma pagina obscura do radicalismo politico e religioso, pois o Afeganistão está de fora das Paralimpíadas de Tóquio.
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Zakia Khudadadi seria a primeira mulher a defender o Afeganistão nas Paralimpíadas | Crédito: Reprodução ICP
A equipe que pela primeira vez teria uma mulher representando o Afeganistão nas Paralimpíadas, não poderá participar dos jogos, pois não conseguiu viajar para o Japão devido tumulto que fechou o aeroporto de Cabul, após o Talibã tomar o controle do país no ultimo fim de semana. O Comitê Paralímpico lamentou a situação.
“Lamentavelmente, o Comitê Paraolímpico do Afeganistão não participará mais dos Jogos de Tóquio. Devido à grave situação em curso no país, todos os aeroportos estão fechados e não há como eles viajarem para Tóquio. Esperamos que a equipe e os oficiais permaneçam seguros e bem durante este período difícil”, disse Craig Spence, porta-voz do ICP.
Dois atletas do taekwondo haviam se classificado para o megaevento. Hossain Rasouli e Zakia Khudadadi que seria a primeira mulher a defender o Afeganistão nas Paralimpíadas. A atleta de 23 anos chegou a conceder entrevista na semana passada para o site oficial do evento e falou sobre a expectativa para os Jogos.
“Fiquei empolgada após receber a notícia de que recebi um convite para competir nos Jogos. Esta é a primeira vez que uma atleta feminina representará o Afeganistão nos Jogos, e estou muito feliz”, disse Khudadadi.
O chefe de missão do Comitê Paralímpico Afegão, Arian Sadiqi, disse à Reuters nesta segunda-feira, 16, que os atletas estavam tentando conseguir voos, mas os preços dispararam enquanto o Talibã tomava uma série de cidades, e depois a viagem se tornou impossível. “Infelizmente, devido à comoção que ocorre no momento no Afeganistão, a equipe não conseguiu partir de Cabul a tempo”, declarou.
