Desde 2019 à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente Rogério Caboclo recebeu uma séria denúncia de uma funcionária da entidade, alegando assédio sexual e moral, publicada no Conselho de Ética da CBF e na Diretoria de Governança e Confiabilidade. A informação é dos repórteres Gabriela Moreira e Martín Fernández, do Grupo Globo.
A funcionária embasou a denúncia em um documento, detalhando episódios envolvendo Caboclo desde abril de 2020, em viagens e reuniões com a presença dele e de diretores da CBF. Um dos itens relata que o mandatário teria perguntado “se ela se masturbava”, e outro diz que ele a fez comer um biscoito de cachorro, chamando-a de cadela.
Ela ainda alega que teve exposta a sua vida pessoal diante de outros funcionários, e que o abuso também era de conhecimento de outros diretores da CBF. A funcionária está na entidade desde 2012, e chegou inicialmente para trabalhar na recepção, indo depois para o setor cerimonial. Internamente, nenhuma providência foi tomada sobre o assunto.
A reportagem do site GE procurou Rogério Caboclo para esclarecimentos, mas não obteve resposta. O atual presidente da CBF, que sucedeu Marco Polo Del Nero, banido do futebol, está desde o início de 2019 à frente da entidade. Recentemente, ele se envolveu em outras polêmicas, como a da reunião a respeito da continuidade do futebol.
Em entrevista à mesma matéria, a funcionária disse: “Tenho passado por um momento muito difícil nos últimos dias. Inclusive com tratamento médico. De fato, hoje apresentei uma denúncia ao Comitê de Ética do Futebol Brasileiro e à Diretoria de Governança e Conformidade, para que medidas administrativas sejam tomadas”.
