Rogério Caboclo, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) defendeu a continuação dos jogos, mesmo com o Brasil passando por um agravamento da pandemia de Covid-19, de acordo com o UOL Esportes.
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Nesta segunda-feira (22), o país bateu, pelo 24º dia consecutivo, o recorde na média móvel de mortos pelo Coronavírus (2298 óbitos), e ultrapassou 12 milhões de infectados pela Covid-19.
Durante uma reunião com mandatários dos clubes das Séries A e B, que aconteceu no dia 10 de março, Rogério disse que iria bancar a continuação dos campeonatos, e que a Rede Globo e seus patrocinadores também são contra a paralisação do esporte.
Ele também afirmou que os clubes “estariam fodidos” caso as partidas não continuassem. O vídeo em que o presidente aparece fazendo as afirmações foi divulgado pelo jornal O Dia.
“Eu não abrirei mão […]. Nós podemos parar o futebol? A Rede Globo não quer, eu tenho a segurança que não. Ninguém quer. Seus patrocinadores não querem. E se parar, sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca. Num dia que o governador do Maurício, que um ministro disser que pode, no dia que o prefeito de São Nunca disser que pode. Eu não vou estar à mercê de nenhum deles. Eu vou, Landim, Galiotte, todos os presidentes, eu vou mudar o futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição”.
Ele finaliza com: “Porque vocês estão fodidos se não tiver (competição). Eu assumo o ônus de todos vocês”. Mauricio Galiotte, presidente do Palmeiras, pediu que o assunto continuasse outra hora: Podemos voltar a discutir esse assunto em outro momento, Rogério?”. Caboclo retrucou: “Por que em outro momento?”. Galiotte respondeu: “Porque acho que a discussão é um pouco mais ampla, mas vou encerrar aqui a minha colocação.” Caboclo finalizou: “Ótimo”.
Francisco Battistotti, presidente do Avaí, concordou com Rogério: “Parabéns, Rogério, pela sua colocação. Parabéns por essa posição. O Avaí Futebol Clube acha a sua posição coerentíssima. Aqui em Santa Catarina, só o Rubinho e eu sentimos na carne o que estão fazendo. Sentimos na carne a influência política determinando que seja cancelado o futebol catarinense. Um dia fecham a cidade. Outro dia por interferência de outros prefeitos fecham a outra. Parabéns, presidente Caboclo”.
Ao final da reunião, Caboclo perguntou se algum dos presidentes queria que o futebol fosse paralisado, e foi respondido com silêncio. Ele completou: Acho que já foi ouvido que todos querem a continuidade. Algum presidente aqui presente é contra a continuidade? Nenhum”.
A reunião contou com 70 participantes, mas no vídeo divulgado pelo O Dia, somente 11 aparecem: “Duílio Monteiro – Corinthians; Maurício Galiotte – Palmeiras; Rodolffo Landim – Flamengo; Guilherme Bellintani – Bahia; Walter dal Zotto – Juventude; Nilton Pinheiro – Grêmio Esportivo Brasil; Jorge Salgado – Vasco; Danilo Rezini – Brusque FC; Rogério Caboclo – CBF; Sérgio Coelho – Atlético-MG; Francisco José Battistotti – Avaí FC.
Em resposta ao UOL, a CPF afirmou: “O posicionamento [da entidade] está na matéria. A defesa da continuidade do futebol foi posição unânime das 27 Federações e dos Clubes participantes de todas as séries do futebol brasileiro, sempre seguindo rígidos protocolos de saúde, conforme detalhado na nota oficial sobre a reunião”.