O presidente da CBF, Rogério Caboclo, que já tem que se defender de uma acusação de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da entidade, agora tem mais com o que se preocupar. Nesta segunda-feira (26), a Justiça do Rio de Janeiro anulou a Assembleia Geral da CBF que alterou a forma como os presidentes são eleitos.

Caboclo não é mais o presidente da CBF, por enquanto (Foto: Pedro Martins/AGIF)
Caboclo não é mais o presidente da CBF, por enquanto (Foto: Pedro Martins/AGIF)

Desta forma, Caboclo não tem mais seu mandato como presidente da CBF. Ele está afastado desde junho pelo Comitê de Ética da entidade, com Coronel Nunes em seu lugar. O juiz Mário Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nomeou o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e a Federação Paulista de Futebol como interventores.

A decisão é em primeira instância, e cabe recursos. Para justificar a escolha de Landim como nome a estar à frente da principal entidade do futebol brasileiro, o magistrado alegou que ele preside um clube de “expressiva torcida”. Para ele, a eleição de Caboclo não foi contestada, mas a Assembleia Geral que levou a esse sistema de votação, sim.

Em 2017, a CBF decidiu que as 27 federações estaduais teriam peso três na eleição para presidente da entidade, os clubes da Série A peso dois, e os da Série B, peso um. Desta maneira, mesmo que todos as quarenta agremiações das duas divisões principais se juntassem, as federações continuariam tendo um poder absoluto.

Apesar de o regulamento da CBF determinar que o presidente mais velho assuma a pasta momentaneamente, e que se convoquem eleições em trinta dias, o juiz decidiu nomear Landim e a Federação Paulista de Futebol para assumir o posto deixado por Caboclo.