No último dia das Olimpíadas 2024, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fez uma análise da participação do Brasil nos Jogos de Paris. A delegação brasileira somou 20 medalhas, com três ouros, sete pratas e dez bronzes. O número acabou sendo abaixo das 21 medalhas conquistadas em Tóquio 2020.
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“Depois de duas semanas incríveis, muita intensidade, muitas emoções, chegamos ao final de um evento em que nós nos preparamos para atingirmos o nosso melhor, seja na recepção dos atletas, na preparação dos atletas. Trabalhamos intensamente no objetivo de bater recordes”, observou Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do COB.
“Recordes são metas, mas com certeza tivemos um resultado brilhante. São pequenos detalhes que fazem a diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto, um quinto lugar. Então entendemos sim que foi um resultado muito bom. Atingimos grandes objetivos, principalmente por termos uma nação muito orgulhosa de todos os resultados conquistados por nossos atletas”, continuou Wilson.
Para Rogério Sampaio, chefe de missão do Time Brasil e diretor-geral do COB, houve algumas medalhas em que o Brasil esteve muito perto de ganhar, incluindo a chance de ouro, como aconteceu no caso do surfista Gabriel Medina, que parou na semifinal afetado pela falta de ondas na bateria.
“Tivemos uma queda no número de ouros. Isso é inegável, as vezes pequenos detalhes fazem a diferença, alguns inclusive que não estão no nosso controle, vamos lembrar do mar no Taiti. Acreditávamos que poderíamos ter um resultado melhor ali. Nós chegamos muito próximos de muitas medalhas”, analisou ele.
“Isso me dá a confiança de que em 2028 podemos ter uma apresentação tão grandiosa quanto essa. A gente sempre espera que o número de ouros seja melhor, melhor inclusive que Tóquio. Essa é a busca de todos nós”, afirmou Sampaio, fazendo alusão à conquista dos cinco ouros em Tóquio 2020.
‘Evolução’
O COB entende que a participação do Brasil nas Olimpíadas 2024 se confirmou como evolução, chegando a mencionar que houve um investimento maior do que o realizado em Tóquio 2020.
“Eu trabalho sempre com superação e evolução. No meu entender, tivemos evolução em outras áreas. Foram 11 atletas que foram para a disputa de medalhas. Se eles ganhassem, a gente sairia daqui com 31 medalhas. Infelizmente a gente não controla algumas variáveis. O investimento do COB foi maior que em Tóquio. Acho que sim, o COB cumpriu a missão de evoluir”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.
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